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ATUALIZAÇÃO - Seguradora diz que LaMia não pagou apólice de avião da Chape

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A indenização às vítimas do acidente da Chapecoense ganhou um novo capítulo. A empresa Bisa, seguradora contratada pela LaMia, alega em processo judicial que a apólice da companhia aérea boliviana não estava em vigor por falta

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.05.2017, 20:20:09 Editado em 25.05.2017, 20:20:11
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A indenização às vítimas do acidente da Chapecoense ganhou um novo capítulo. A empresa Bisa, seguradora contratada pela LaMia, alega em processo judicial que a apólice da companhia aérea boliviana não estava em vigor por falta de pagamento.

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Os documentos apresentados pela seguradora e obtidos pela emissora CNN mostram que a apólice contratada pela LaMia estava suspensa no dia do acidente, ocorrido em 29 de novembro em Cerro Gordo, na província colombiana de Antioquia.

O acidente vitimou a delegação da Chapecoense e matou ao todo 71 pessoas, entre jogadores, integrantes da comissão técnica e jornalistas que iam cobrir a primeira partida da final da Copa Sul-Americana -o adversário era o Atlético Nacional.

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Apenas seis pessoas sobreviveram à tragédia: os jogadores Alan Ruschel, Neto e Jackson Follman, o jornalista Rafael Henzel e membros da tripulação (Ximena Suárez e Erwin Tumiri).

A Bisa apresentou uma carta enviada à companhia aérea em fevereiro avisando sobre a suspensão da cobertura por falta de pagamento desde outubro de 2016, um mês antes da tragédia.

Mas mesmo que a empresa tivesse pago em dia o seguro, contratado em abril de 2016, a Colômbia, local do acidente da Chapecoense, não consta entre os países cobertos pela apólice. Peru, países da África, Síria, Afeganistão e Iêmen eram os destinos com cobertura garantida.

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Ainda assim, a LaMia conseguiu autorização para viajar para a Colômbia em ao menos oito ocasiões, de acordo com os registros de voo.

Por contrato, o não pagamento desobriga que a seguradora efetue a indenização.

Segundo a reportagem apurou, a seguradora informou a advogados do clube que, ainda assim, estaria disposta a dar um auxílio às famílias.

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Em 2017, familiares das vítimas tiveram reunião com representantes da seguradora em Florianópolis.

De acordo com os parentes das vítimas, foi oferecido um acordo de cerca de US$ 200 mil (R$ 640 mil) para que o processo fosse encerrado -quantia que foi rejeitada pelos advogados das famílias.

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Ao menos cinco viúvas de jogadores da Chapecoense -Gil, Gimenez, Ananias, Canela e Bruno Rangel- acionaram em fevereiro o clube na Justiça cobrando revisão nas indenizações pagas.

Pediram que também fossem incluídos na conta direito de imagem e remuneração com base na média de duração da carreira de um atleta de futebol profissional, entre outras reivindicações.

A primeira audiência das viúvas dos jogadores foi realizada na última segunda-feira (22), em Chapecó, e os processos correrão de agora em diante em segredo de Justiça.

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A CBF também tinha um seguro para jogadores de clubes de suas divisões, e indenizou as famílias dos atletas mortos na Colômbia.

irregularidades

A reportagem apurou que a seguradora também apontou outras questões para não distribuir a indenização, como pane seca da aeronave e um suposto excesso de peso.

Todas essas constatações de perícia infringem cláusulas de contrato e desobrigam o pagamento do seguro.

"O que vejo nesta caso é uma dupla omissão, por parte das autoridades de onde o voo saiu [Bolívia] e por parte das autoridades onde o voo chegaria [Colômbia]. Então, se houve um acidente, estes familiares podem pedir [indenização] aos países", disse à CNN Fredy Gutierrez, especialista colombiano em litígios relacionados a seguros.

Segundo as leis vigentes na Bolívia, a Agência Nacional de Aviação Civil é responsável por verificar a validade dos seguros e impedir que companhias aéreas sem apólices vigentes possam operar.

"A Agência Nacional de Aviação Civil tem, no exercício de seus poderes como máxima autoridade aeronáutica, a atribuição de fiscalizar estas irregularidades e inclusive suspender as atividades da companhia que não mantém seguro em dia segundo as regras estabelecidas", diz a legislação do país.

"A autoridade tem a prerrogativa de controlar voos que chegam e partem dos aeroportos nacionais com a documentação em dia e com a cobertura do seguro para os países inseridos nas rotas de voo."

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