GUILHERME SETO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Nesta terça-feira (23), o presidente do Palmeiras Mauricio Galiotte decidiu pela colocação de uma estrela vermelha na camisa em celebração ao título da Copa Rio de 1951, que já será utilizada na partida desta quarta-feira (24) contra o Atlético Tucumán pela Libertadores. A decisão foi aprovada informalmente pelos conselheiros, que em sua maioria aplaudiram a ideia.
Em novembro de 2014, a Fifa reconheceu o caráter global do torneio, e então o Palmeiras passou a ser tido como o primeiro clube brasileiro a conseguir um título mundial.
O presidente do clube Maurício Galiotte já havia estabelecido a estrela como um dos objetivos de sua gestão à frente do Palmeiras. A inclusão da estrela está prevista em estatuto desde a década de 1950, mas foi adotada apenas uma vez, durante parte da gestão de Carlos Facchina Nunes, entre 1989 e 1990.
Principal articulador junto à Fifa, Roberto Frizzo disse à época ter ouvido a promessa de Galiotte.
"Ele me disse que vai colocar, sim. Na gestão do Paulo Nobre eles demoraram a pensar nisso, só passaram a dar valor depois que viram que eu não seria mais candidato à presidência contra o Maurício. Depois disso, colocaram até sinalizações no Allianz Parque dizendo que somos campeões de 1951", afirma Frizzo, vice-presidente do clube entre 2011 e 2013.
A cor da estrela palmeirense faz referência a uma das cores da bandeira da Itália. Junto do verde e do branco tradicionais dos uniformes, o vermelho contemplaria toda a bandeira tricolor italiana.
No chamado "Título 10" do estatuto do clube consta a determinação de que a estrela seja colocada sobre o brasão.
"Na parte superior central externa dos dois grandes aros brancos concêntricos, bem acima, será colocada uma estrela na cor vermelha, alusiva à conquista da Copa Rio, e abaixo dela, geométrica e proporcionalmente, serão colocadas estrelas na cor branca, tantas, quantos forem os títulos nacionais conquistados. No reverso, há o mesmo desenho e forma geométrica", diz o artigo 139.
A Copa Rio foi organizada pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos) com oito campeões nacionais, além de Palmeiras, como campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1951, e Vasco, campeão carioca de 1951: Sporting (Portugal), Austria Vienna, (Áustria), Nacional (Uruguai), Juventus (Itália), Estrela Vermelha (Iugoslávia), e Nice (França).
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