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ATUALIZADA - Velório de fundador da Mancha tem solidariedade de rivais e tensão

GUILHERME SETO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O velório de Moacir Bianchi, 49, fundador da Mancha Alvi Verde assassinado a tiros na quinta-feira (2), teve demonstrações de solidariedade de rivais e tensão entre integrantes da própria organizada. Velado e e

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 03.03.2017, 14:30:51 Editado em 03.03.2017, 14:35:09
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GUILHERME SETO

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O velório de Moacir Bianchi, 49, fundador da Mancha Alvi Verde assassinado a tiros na quinta-feira (2), teve demonstrações de solidariedade de rivais e tensão entre integrantes da própria organizada.

Velado e enterrado no Cemitério Parque Jaraguá, zona norte de São Paulo, os familiares de Bianchi receberam uma coroa de flores de Adamastor, membro histórico da Independente, ligada ao São Paulo. Um membro da Gaviões da Fiel também compareceu para prestar solidariedade.

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Durante o velório, diferentes "rodinhas" de conversa se formaram separadamente. Membros da organizada que não quiseram se identificar disseram que a situação era claro reflexo das rixas internas na Mancha. Áudios que circulam na internet dão conta de brigas entre facções da zona sul e da zona leste da organizada.

"Não tem como negar [que existe uma briga entre facções da organizada]. Os áudios estão circulando, existem os comentários na internet. O que aconteceu foi que a entidade perdeu a ideologia. Já faz alguns anos que pessoas ruins se aproximaram de pessoas da diretoria, e isso foi afastando as pessoas boas", disse à reportagem Paulo Serdan, presidente de honra da escola de samba Mancha Verde e um dos melhores amigos de Bianchi.

Durante o velório, um membro da organizada foi expulso do local por outros integrantes que se incomodaram por ele ter atendido a imprensa. Segundo um funcionário do local, que também não quis se identificar, o torcedor chegou a ser agarrado pelo pescoço.

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Próximo ao horário do enterro, marcado para as 13h, os jornalistas foram informados de que teriam que sair do local a pedido da família, que queria mais privacidade.

O CRIME

Bianchi foi encontrado morto por volta das 4h por policiais na avenida Presidente Wilson, na altura do número 3.100, no bairro do Ipiranga, na zona Sul de São Paulo. Ele recebeu cinco tiros no abdome, cinco no pescoço, três no ombro direito, um no rosto, um no lado direito do tronco, cinco no braço direito, um na perna direita e um na cabeça.

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Uma testemunha relatou que quando Bianchi, que estava dirigindo um veículo Honda City, parou no semáforo, outro veículo parou atrás dele. Os suspeitos saíram do carro e fizeram os disparos, fugindo em seguida. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Segundo a reportagem apurou, a Polícia Civil está ouvindo parentes e amigos da vítima para montar seu perfil. Com dados levantados até agora, trabalham com duas principais linhas de investigação.

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Uma delas é que o assassinato pode estar ligado a uma disputa interna pelo comando da torcida organizada. Os policiais foram informados sobre uma briga, ocorrida nos últimos dias, entre dois setores dessa organizada.

Nas últimas semanas, comentários nas redes sociais e áudios compartilhados por WhatsApp tratam de rivalidade entre membros de facção da organizada ligada à zona sul e outros da zona leste. A rixa teria resultado em confronto físico abrangendo agressões ao atual presidente da organizada, Nando Nigro, há duas semanas.

Outra possibilidade investigada pelo DHPP é de um possível acerto de contas envolvendo a vida empresarial de Bianchi, ligado a bares e casas noturnas. Nesse aspecto, é investigado se algum inimigo determinou o assassinato do empresário para se vingar de eventual litígio.

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HISTÓRICO

Em 1983, Bianchi fundou a Mancha na companhia de 14 outros palmeirenses. Entre eles estava um de seus melhores amigos, Cleofas Sóstenes Dantas da Silva, mais conhecido como Cléo, morto a tiros em 1988 aos 22 anos diante da sede da organizada.

Em entrevista dada ao portal R7 em 2013, Bianchi enumera dezenas de brigas de que participou. Segundo ele, a Mancha ganhou fama por causa dessa violência.

Ele fez parte de alguns dos momentos mais tensos de atividade da organizada: em 1990, quando torcedores destruíram a sala de troféus do clube após eliminação no Paulista; e em 1995, no Pacaembu, quando torcedores do Palmeiras e do São Paulo se enfrentaram na final da Supercopa de Juniores, deixando 102 feridos e um morto.

Bianchi foi presidente da Mancha entre 1989 e 1990.

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