BERNARDO GENTILE
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - O clima de Libertadores se fez presente na partida entre Botafogo e Colo Colo na quarta-feira (8), no estádio Monumental, em Santiago, no Chile. Autor do gol da classificação do time alvinegro no empate por 1 a 1, Rodrigo Pimpão revelou ter jogado com uma forte dor de cabeça. Segundo o jogador, ela foi gerada pela tinta fresca no vestiário.
"Jogamos com muita garra, e isso é o Botafogo. Chegamos no vestiário e eles pintaram para a gente não conseguir ficar dentro por causa do cheiro muito forte, eu e outros jogadores estamos com dor de cabeça, mas o que vale é dentro de campo. Quinhentos calaram mais de 30 mil, o que falar disso? Eu entro em campo com duas camisas, a da torcida do Botafogo por baixo e a do Botafogo por cima", disse Pimpão.
A tinta fresca não foi o único desafio dos cariocas. Além disso, durante todo o jogo, atletas do Botafogo foram protegidos por um funcionário do estádio em cobranças de escanteio. Isso porque ao se posicionar para efetuar a cobrança, vários objetos eram arremessados com o objetivo de atingir.
O ápice do tiro ao alvo ocorreu após o gol do Botafogo, aos 35 min do segundo tempo. O banco de reservas invadiu o campo para comemorar e torcedores chilenos próximos ao local arremessaram vários objetos. O mesmo ocorreu com os torcedores brasileiros presentes nas arquibancadas. O duelo chegou a ser paralisado, o que gerou acréscimos de sete minutos.
"Na hora do gol fomos agredidos ali. Jogaram pedras, moedas. É triste, né? Não cabe mais isso. Tratamos eles bem lá e eles pintaram vestiário aqui para não conseguirmos ficar muito tempo. É o tal clima de Libertadores, né? Não acho que caiba, mas vamos receber bem qualquer adversário que venha jogar contra a gente no Rio", completou Jairzinho.
O Botafogo espera o vencedor de Olímpia-PAR e Del Valle-EQU (jogam nesta quinta) para saber quem enfrentará na próxima quarta-feira, pela terceira fase da Libertadores. Antes, a equipe tem o clássico no domingo contra o Flamengo, no Engenhão.
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