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Greves atrapalham soltura de corintianos presos no Rio

GUILHERME SETO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Mesmo com a soltura determinada pela Justiça do Rio nesta terça-feira (17), 26 torcedores do Corinthians seguem presos no presídio de Bangu 10, que faz parte do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.01.2017, 15:18:29 Editado em 18.01.2017, 15:20:06
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GUILHERME SETO

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Mesmo com a soltura determinada pela Justiça do Rio nesta terça-feira (17), 26 torcedores do Corinthians seguem presos no presídio de Bangu 10, que faz parte do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio. O motivo é a greve de funcionários da Polinter (Polícia Interestadual) e dos agentes penitenciários, que pedem a quitação de salários atrasados e melhoria das condições de trabalho.

Advogado de Leandro Coelho, Gaspar Osvaldo Neto passou a noite em frente ao presídio à espera da soltura. Ele recebeu a informação de funcionário do local de que o mandado não havia chegado a Bangu 10, e então se dirigiu ao Fórum, onde lhe foi apresentado o problema colocado pela greve.

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"Com a greve da Polinter não é possível verificar a situação cadastral dos presos para ser efetivada a soltura. Chama se 'sarqueamento' [consulta realizada ao Serviço de Arquivo (SARQ) da Polícia Interestadual (Polinter) para saber situação do preso]", diz Neto.

"Todas essas greves atrapalham muito: a dos agentes penitenciários, a da Polinter, a da Polícia Civil e a do IML. Todos esses entes públicos interferem na expedição de soltura e no cumprimento delas", completa.

"Trata-se de burocracia da administração penitenciária e não do poder judiciário. A Justiça já cumpriu o seu papel e mandou soltar. Agora é procedimento administrativo para materializar isso", conclui.

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Ainda não há previsão sobre a soltura ou não dos presos nesta quarta-feira (18).

O CASO

Ao todo, 31 homens foram detidos no dia 23 de outubro e presos preventivamente, após uma briga com policiais que ocorreu antes do jogo de reabertura do Maracanã pela Rio-2016. Em campo, o time do Parque São Jorge empatou com os cariocas, por 2 a 2.

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Até agora, cinco deles (incluindo um menor de idade que foi liberado pela vara da infância) haviam sido soltos para aguardar o julgamento em liberdade.

O Ministério Público acusa os corintianos de tumulto em eventos esportivos, lesão corporal, dano ao patrimônio público, resistência, corrupção de menor e associação criminosa. Se forem condenados, as penas podem chegar a 21 anos de prisão.

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A prisão preventiva e a denúncia contra os corintianos gerou polêmica. A detenção é criticada por familiares, advogados e especialistas em direito penal pela suposta arbitrariedade e falta de provas.

Na decisão que transformou a prisão em flagrante dos torcedores em preventiva, constavam imagens de TV de apenas quatro dos 31 presos -os outros foram reconhecidos por quatro policiais. Alguns detidos apresentaram imagens que indicam que eles não estavam na briga.

Cronologia do caso

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23.out

Por volta das 16h30, corintianos e PMs entram em confronto; após a partida, cerca de 60 são detidos.

25.out

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A juíza Marcela Caram determina a prisão preventiva de 31 dos torcedores, entre eles um menor de idade.

9.nov

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O Ministério Público do Rio denuncia os 31 corintianos, por tumulto em eventos esportivos, lesão corporal, dano ao patrimônio público, resistência, corrupção de menor e associação criminosa.

16.nov

A vara da infância do Rio libera o adolescente, após concluir que ele não estava no estádio na hora da briga.

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29.nov

A desembargadora Suimei Cavalieri concede habeas corpus a Michael Ricci e Gustavo Inocêncio; 28 ainda seguiam presos preventivamente.

13.dez

TJ do Rio julga três pedidos de habeas corpus, concede dois (a Leandro Coelho e Victor Hugo de Oliveira) e nega um, na última sessão do tribunal antes do recesso do Judiciário.

27.dez

Juízes de plantão do TJ negam pedido de revogação da prisão preventiva a 14 torcedores.

13.jan

Corintianos presos enviam cartas a colegas de torcida organizada relatando medo da guerra entre facções que dominam Bangu e pedem ajuda para conseguir transferência de presídio.

17.jan

O juiz de primeira instância Marcelo Rubiolli determina a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares do grupo, que aguardará o julgamento em liberdade.

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