SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Após a suspensão provisória do resultado do Fla-Flu da última semana, que causou polêmica pela suposta interferência externa no lance que definiu a vitória rubro-negra por 2 a 1, Peter Siemsen, presidente do Fluminense, se posicionou nesta terça-feira (18) a respeito do tema e disse não estar feliz da possível anulação da partida. Em entrevista ao SporTV, o dirigente explicou que esta é a pena prevista na legislação à irregularidade flagrante na atuação do árbitro Sandro Meira Ricci. O Fluminense não tem nenhum prazer em buscar anular jogos, interferir na tabela, pelo contrário. Está apenas seguindo a previsão da legislação existente. Ela não foi escolhida pelo Fluminense, ela é infelizmente a legislação aplicada para interferência externa, declarou Siemsen. O vídeo é a prova cabal, principal. A leitura labial é a que determina claramente a intervenção externa do inspetor, que não poderia jamais ter prosseguido daquela forma. Cabe ao Fluminense deixar isso claro. O Flu não quer interferir na caminhada de cada clube no campeonato. Mas não pode participar de um jogo que teve uma irregularidade flagrante, completou.
O dirigente alegou que não se manifestou apenas em momentos que seu clube foi prejudicado e criticou o modelo administrativo dos clubes brasileiros, o qual chamou de o mais antiquado do mundo por utilizar indivíduos eleitos e não remunerados na gestão. Criticou também a falta de união entre os times do país. Eu não vejo uma união para construir algo sólido e uma revisão geral para tudo isso. Eu não consigo ver hoje como dar esse salto no futebol brasileiro, opinou. Botar a mão na massa está faltando ainda.
Siemsen também traçou um paralelo entre o modelo utilizado na Europa e aproveitou para atacar a CBF. O próprio órgão que organiza o campeonato tem que ter a prerrogativa de aplicação das regras. Não é possível que ele transfira essa responsabilidade para um tribunal. Aqui é um modelo muito difícil de lidar.
O Flamengo perdeu os três pontos conquistados contra o Fluminense no duelo da última semana e ficou com 57, sete atrás do líder Palmeiras, que tem um jogo a mais realizado por conta da suspensão do clássico carioca.
Deixe seu comentário sobre: "Presidente diz que clube não tem prazer em anular jogo"