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Treinador queria filhos, mas teve três meninas e formou time feminino

GUILHERME SETO E LUIZ COSENZO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Queria um filho menino para ensiná-lo a jogar bola, mas tive três meninas." O que parecia o fim de um sonho virou paixão e mudou a vida de Francisco Reguera Inojo, o Chicão, 59, técnico da equipe

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.08.2016, 08:13:10 Editado em 29.08.2016, 08:15:08
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GUILHERME SETO E LUIZ COSENZO

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Queria um filho menino para ensiná-lo a jogar bola, mas tive três meninas." O que parecia o fim de um sonho virou paixão e mudou a vida de Francisco Reguera Inojo, o Chicão, 59, técnico da equipe feminina de futebol do Rio Preto, que venceu o Santos na decisão do Campeonato Paulista Feminino neste domingo (28)

Nascido em Bálsamo, cidade do interior de São Paulo, o vendedor de material de construção Chicão virou treinador em 2003. Ele deixou a antiga profissão justamente por influência das filhas Milene e Charlene, que decidiram ser jogadoras de futebol.

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"Eu gostava muito de jogar futebol, mas só joguei amador. Minha paixão pelo futebol feminino começou através das minhas filhas. Elas me acordaram um dia de manhã e pediram para levá-las em um torneio. A partir daí eu e a minha esposa ficamos envolvidos com o esporte e não largamos mais", contou Chicão, citando a esposa Dorotéia de Souza, 56, que exerce o cargo de diretora do futebol feminino do Rio Preto.

Ao contrário dos pais, Milene e Charlene logo desistiram de tentar a sorte no futebol. "O nível ficou muito alto e fiquei com medo de elas se machucarem. A Milene inclusive chegou a quebrar o braço", contou.

Elas pararam com a bola, mas não deixaram o esporte de lado -são formadas em educação física e trabalham como personal trainer.

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O mesmo medo e preocupação Chicão não teve com a sua caçula, Darlene. E tinha razão. A menina virou jogadora profissional e atualmente veste a camisa do Changchun Club, da China. Ela, que já atuou no futebol austríaco e italiano, também integrou a lista de suplentes da seleção brasileira na Olimpíada do Rio.

AJUDA DA PREFEITURA

Assim como a maioria das equipes femininas de futebol de São Paulo, o time tem os salários e os custos de viagens pagos pelo poder público municipal. A folha de pagamento gira em torno de R$ 58 mil. O Rio Preto ajuda a equipe com a estrutura de estádio e uniformes.

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"Não temos como concorrer com times como Corinthians, Santos, Ferroviária e São José. Eles possuem mais estrutura que a gente. Aqui pagamos pouco, mas pagamos em dia. Oferecemos também faculdade para as jogadoras", contou Dorotéia, responsável também por buscar patrocinadores para a equipe.

"Tem dia que desanima, dá vontade de abandonar. Não vivemos do futebol. Minhas filhas que ajudam a gente. Elas perdem para a gente largar, mas não consigo até pelas próprias jogadoras", finalizou a dirigente.

Campeão brasileiro em 2015 e vice-campeão neste ano, o Rio Preto conquistou no domingo seu primeiro título do Campeonato Paulista.

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