BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS) - A expectativa do torcedor do Cruzeiro para o jogo contra o Figueirense era enorme. Afinal de contas, no banco de reservas estava o português Paulo Bento, estreando como treinador celeste. E para quem não teve uma semana sequer de trabalho, a atuação da equipe não foi das piores. É verdade que o resultado foi ruim, empate em 2 a 2 dentro de casa com uma equipe que vai lutar contra o rebaixamento.
Mas o Cruzeiro já mostrou algumas novidades, apesar curto tempo que Bento teve para trabalhar com o elenco. Tiro de meta sem o já comum chutão do goleiro e até cobrança ensaiada de escanteio foi possível ver. Em termos de resultado, o cruzeirense que esteve no Mineirão tem bastante do que reclamar, afinal o Figueirense chegou a fazer 2 a 0.
De positivo fica a sensação de que o time mostrou alguma evolução, algo que não foi possível notar nos primeiros meses de 2016. O que permanece de bom é a vontade dos jogadores, que mais uma vez mostraram muita garra em campo, especialmente quando o resultado estava adverso. Agora é preciso mostrar mais futebol, para que o Cruzeiro tenha condição de fazer uma boa campanha no Brasileirão.
RAFAEL MOURA
O centroavante Rafael Moura nunca escondeu de ninguém que é torcedor do Atlético-MG, o grande rival do Cruzeiro.
Revelado pelo clube alvinegro de Belo Horizonte, o jogador acertou contrato de duas temporadas no começo de 2016, mas não retornou à Cidade do Galo. Foi emprestado ao Figueirense.
Moura fez o primeiro gol da noite e usou uma brincadeira dos atleticanos na comemoração. Fez gestos como se estivesse jogando vôlei, já que os alvinegros brincam que atualmente apenas o vôlei dá alegria aos cruzeirense. "Estou muito feliz, mais um gol no Cruzeiro", disse o centroavante na saída do intervalo, que ainda marcou mais um gol, no começo da etapa final.
A noite quase foi perfeita, não fosse Fábio defender uma bola cara a cara, aos 40 minutos do segundo tempo. Seria o terceiro da noite.
O JOGO
Uma das principais queixas da torcida celeste era a falta de ambição do time em campo. Bola no pé, muita troca de passes e pouca objetividade. Os primeiros minutos da partida que marcou a estreia do técnico Paulo Bento mostrou um Cruzeiro mais intenso. Antes dos 25 minutos a equipe da casa tinha 70% de posse e sete finalizações, quase todas de fora da área. Mas já era algum avanço. No entanto, falhas individuais, na hora de tocar a bola, finalizar e até de marcar complicaram a noite.
A torcida do Cruzeiro vaiou ao final do primeiro tempo e voltava a vaiar após o segundo gol de Rafael Moura. Mas Élber tratou de fazer um golaço e mostrar que a equipe celeste estava viva ainda, acabando com qualquer tipo de reclamação, que virou incentivo. Douglas Coutinho precisou de apenas quatro minutos em campo para empatar a partida, de cabeça. Certamente ganhou pontos com o técnico português, que aos poucos vai conhecendo melhor o elenco que tem em mãos.
CRUZEIRO
Fábio; Gino, Bruno Viana, Bruno Rodrigo e Sánchez Miño; Henrique e Bruno Ramires; Elber, Arrascaeta (Allano) (Ariel Cabral) e Pisano (Douglas Coutinho); Willian.T.: Paulo Bento.
FIGUEIRENSE
Gatito Ferandez, Jefferson, Bruno Alves, Jaime e Marquinhos Pedroso; Elicarlos, Ferrugem (Dudu), Jocinei e Bady (Ortega); Guilherme Queiroz (Ermel) e Rafael Moura. T.: Vinícius Eutrópio.
Gols: Rafael Moura, aos 41min do 1º tempo; Rafael Moura, aos 9min, Élber, aos 11min, e Douglas Coutinho, aos 17 min do 2º tempo
Cartões amarelos: Bruno Viana, Sánchez Miño e Ariel Cabral (C); Marquinhos Pedroso (F)
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Wagner Reway (MT)
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