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Relatório não exclui chance de suborno para sediar Copa-2006

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um relatório apresentado pelo escritório de advocacia Freshfields, nesta sexta-feira (4), diz que não encontrou nenhuma prova de compra de votos por parte da Alemanha para sediar a Copa do Mundo de 2006. Porém, de acordo com

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 04.03.2016, 12:40:12 Editado em 27.04.2020, 19:52:28
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um relatório apresentado pelo escritório de advocacia Freshfields, nesta sexta-feira (4), diz que não encontrou nenhuma prova de compra de votos por parte da Alemanha para sediar a Copa do Mundo de 2006.
Porém, de acordo com o relatório, que foi encomendado pela Federação Alemã de Futebol, a compra de votos não pode ser totalmente descartada, pois a Freshfields não conseguiu conversar com todos os envolvidos no caso, como Joseph Blatter, ex-presidente da Fifa.
"Nós não encontramos nenhuma prova de compra de votos, mas não podemos excluir isso", disse Christian Duve, da Freshfields. "Constatamos uma possível mudança no sentido do voto que poderia afetar os representantes asiáticos do Comitê Executivo da Fifa", afirmou.
Em outubro de 2015, a revista Der Spiegel informou que o então presidente da Adidas, Robert Louis-Dreyfus, bancou um caixa 2 de 10,3 milhões de francos suíços, o equivalente a 13 milhões de marcos alemães na época, para o comitê responsável pela candidatura alemã.
O presidente do comitê, Franz Beckenbauer, o ex-presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB) Wolfgang Niersbach e outros funcionários do alto escalão do futebol alemão sabiam da transação, afirmou a revista.
Aparentemente o dinheiro foi usado para comprar os votos dos quatro representantes asiáticos no comitê executivo da Fifa, composto por 24 pessoas. Os quatro asiáticos de fato votaram para a Alemanha como sede da Copa, na eleição de julho de 2000. Além disso, o neozelandês Charles Dempsey se absteve no último turno da votação, o que deu a vitória para a Alemanha, por 12 votos contra 11.
O dinheiro para o caixa 2 foi emprestado ao comitê por Louis-Dreyfus, como pessoa física, de forma sigilosa, em 6 de julho de 2000. Esse dinheiro não apareceu na contabilidade do comitê que cuidava da candidatura nem, mais tarde, na do comitê organizador.
Porém, cerca de um ano e meio antes da Copa de 2006, Louis-Dreyfus pediu o dinheiro de volta, então o equivalente a 6,7 milhões de euros. Por isso o comitê organizador, que tinha Beckenbauer como presidente e Niersbach como vice, teve de pensar numa maneira de devolver o empréstimo.
Para devolver o dinheiro, eles teriam usado a Fifa. A Alemanha bancou uma contribuição de 6,7 milhões de euros para uma cerimônia de gala na abertura da Copa, em Berlim. A cerimônia foi mais tarde cancelada, mas o dinheiro foi transferido para uma conta da Fifa em Genebra e, de lá, para uma conta de Louis-Dreyfus em Zurique, afirmou a Der Spiegel.
Em nota, ainda em outubro, a DFB reconheceu a existência do pagamento de 6,7 milhões de euros para a Fifa em abril de 2005 e que o dinheiro possivelmente não teve o fim a que se destinava. A federação alemã negou, porém, que o dinheiro tivesse alguma relação com a escolha da sede da Copa de 2006, cinco anos antes.
Segundo a DFB, o dinheiro era destinado ao programa cultural da Fifa, que previa a realização de quase 50 projetos relacionados à Copa do Mundo. Não está claro, porém, onde esses recursos foram parar, acrescentou a federação.

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