SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Menos de um mês após o começo dos estaduais, jogadores já se queixam de salários atrasados. Neste domingo (21), os atletas do Grêmio Barueri, que disputa a Série A3 do Campeonato Paulista (equivalente à 3ª divisão), sentaram no gramado após o árbitro André Luis Riquena apitar o início da partida contra o Olímpia, válida pela sétima rodada da competição.
A atitude foi relatada na súmula pelo árbitro. "Os jogadores da equipe do Grêmio Barueri Futebol Ltda permaneceram sentados dentro do campo de jogo por quarenta segundos. Logo depois, deram sequência a partida", escreveu Riquena.
Procurado pela reportagem, o Barueri confirmou o atraso nos salários. O clube diz que enfrenta problemas financeiros em razão de uma parceria que não deu certo e prometeu acertar parte do pagamento antes do jogo contra o Guaratinguetá, marcado para quarta-feira (24), às 20h, na Arena Barueri.
O Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo diz que monitora a situação do clube.
Não é a primeira vez que o Grêmio Barueri sofre com problemas de salários atrasados. Em 2014, a equipe perdeu por W.O para o o Operário-MT, pela Série D do Campeonato Brasileiro (equivalente à 4º Divisão), após os os jogadores deixarem de entrar em campo.
Como apoio, os jogadores da equipe de Mato Grosso deitaram no gramado do estádio após saberem que o time da casa não entraria em campo.
O Barueri chegou à elite do futebol brasileiro em 2008, quando terminou a Série B na quarta colocação. Com o nome de Grêmio Prudente, a equipe foi rebaixada dois anos depois.
Desde então, o time acumulou seguidos rebaixamentos e hoje está fora das quatro divisões do Campeonato Brasileiro
EM 2015
Em outubro de 2015, a Folha de S.Paulo publicou que pelo menos 300 jogadores ainda não tinham recebidos parte de seus rendimentos cinco meses após o término das competições.
O levantamento foi do Sindicato dos Atletas de São Paulo, que já ingressou com 178 ações na Justiça contra diversos clubes.
A inadimplência atingiu as três primeiras divisões do Estado.
Apesar disso, nenhum time perdeu ponto nesta edição da competição. O regulamento da Federação Paulista prevê esse tipo de punição para os que não pagam em dia, o chamado "Fair Play Financeiro".
De acordo com levantamento feito pela Folha de S.Paulo em outubro do ano passado, 523 dos 1.704 jogadores inscritos nas três divisões de São Paulo estavam desempregados.
Escrito por Da Redação
Publicado em 22.02.2016, 12:23:22 Editado em 27.04.2020, 19:52:47
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