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Administradora do estádio do Palmeiras critica Conmebol

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A WTorre, empresa que administra o estádio Allianz Parque, publicou um manifesto na tarde desta sexta (12) sobre a possibilidade de o Palmeiras ter que jogar as partidas como mandante na Libertadores fora de seu estádio. No

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.02.2016, 18:51:49 Editado em 27.04.2020, 19:53:00
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A WTorre, empresa que administra o estádio Allianz Parque, publicou um manifesto na tarde desta sexta (12) sobre a possibilidade de o Palmeiras ter que jogar as partidas como mandante na Libertadores fora de seu estádio.
No texto, intitulado "Manifesto em prol da sustentabilidade do futebol brasileiro", Eliane Sobral, diretora de comunicação e relações institucionais da WTorre, critica duramente a Conmebol, entidade que comanda o futebol na América do Sul.
Conforme noticiou a Folha, a Conmebol avisou os clubes que participarão da Libertadores, inclusive o Palmeiras, que os estádios não podem exibir marcas de seus patrocinadores para não atrapalhar a publicidade das empresas ligadas à entidade.
O gerente-geral do Allianz Parque, Alexandre Costa, comunicou o Palmeiras que não vai retirar marcas dos patrocinadores do estádio e nem sequer vai cobrí-las.
Conforme noticiou a Folha, o Palmeiras pode ter que jogar as partidas como mandante na Libertadores fora do seu estádio.
Na tarde desta sexta, Sobral disse que, no Brasil, a "sustentabilidade dos clubes e do esporte" fica em segundo plano.
De acordo com ela, a Conmebol "coloca seus próprios interesses acima dos interesses do protagonista do espetáculo" ao avisar aos clubes que os estádios da Libertadores não podem exibir marcas de seus próprios patrocinadores.
"Em mercados maduros como Estados Unidos, Inglaterra, Espanha entre outros, a independência dos times de futebol está diretamente ligada à capacidade dos clubes de gerarem receita e se auto sustentarem", afirma a diretora da WTorre.
Segundo ela, este modelo é incentivado pelas organizações e entidades que atuam em torno do esporte, como emissoras de televisão, patrocinadores e detentores dos naming rights.
"A lista de empresas que participaram de alguma forma do futebol brasileiro é imensa. Assim como também o é a de histórias de frustração e desistência", escreve Sobral.
Abaixo, a íntegra do comunicado:
"MANIFESTO EM PROL DA SUSTENTATILIDADE DO FUTEBOL BRASILEIRO
Dar Valor a quem Gera Valor
É muito oportuno o interesse gerado pela notícia de que o Palmeiras pode não jogar a Libertadores no Allianz Parque. Já é passada a hora de iniciarmos o debate de um tema de fundamental importância aos amantes do maior espetáculo da terra, o futebol: a sustentabilidade dos clubes e, por consequência do próprio esporte.
Em mercados maduros como Estados Unidos, Inglaterra, Espanha entre outros, a independência dos times de futebol está diretamente ligada à capacidade dos clubes de gerarem receita e se auto sustentarem. Este modelo, absolutamente vencedor por seus resultados, não apenas não é questionado pelos atores envolvidos, como é incentivado pelas organizações e entidades que orbitam em torno do esporte - emissoras de televisão, patrocinadores de camisa, fornecedores de uniformes oficiais, detentores dos naming rights, licenciadores e outros tantos.
A lista de empresas que participaram de alguma forma do futebol brasileiro é imensa. Assim como também o é a de histórias de frustração e desistência. E aqui cabe a pergunta: por que, no país do futebol, na oitava maior economia do mundo, a sustentabilidade dos clubes é relegada a segundo plano ou, melhor dizendo, é suplantada em nome de organizações e entidades que pouco produzem para o aperfeiçoamento das práticas esportivas, para gerar maior competitividade, para oferecer um produto de alto nível ao consumidor/torcedor? E nem se discute, neste momento, a probidade e lisura com que tratam o esporte.
Ao recomendar que a Sociedade Esportiva Palmeiras retire de seu estádio, o Allianz Parque, toda e qualquer forma de exposição de marcas que firam os direitos de seus patrocinadores, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) coloca seus próprios interesses acima dos interesses do protagonista do espetáculo. Os interesses comerciais e financeiros da Sociedade Esportiva Palmeiras e de todos os outros clubes têm de estar acima de quaisquer outros.
Um time se faz grande por sua história, por suas conquistas e por sua torcida. Por trás desse tripé estão empresas que entendem o poder desta combinação e desta marca. Entendem e acreditam a ponto de desembolsar altas quantias para fomentar a sustentabilidade do esporte. Sem ingerências e sem interferências.
O patrocínio esportivo ainda dá seus primeiros passos no Brasil e nos sentimos orgulhosos de protagonizar esta história recente. O maior e mais longo contrato de naiming right deste país foi assinado por nós e uma das maiores seguradoras do mundo. Que aliás, investe em nada menos que cinco arenas ao redor do mundo. Levamos para dentro de campo a expertise que rege o mundo dos negócios e hoje, não há neste país quem não saiba o que significa o nome Allianz Parque ou desconheça seu endereço.
O Allianz Parque não é apenas o novo ícone de uma das maiores megalópoles do mundo. Ele é sinônimo de conforto e modernidade - diferentemente dos equipamentos oferecidos nos países onde se desenvolve a Libertadores. Somos referência. E temos que ser tratados como tal dentro e fora do país.
Estamos apenas começando um caminho - sem volta - no sentido de que a sustentabilidade do futebol dependa única e exclusivamente da capacidade administrativa dos clubes e da consequente competência de atrair parceiros para as cores de sua camisa.
Eliane Sobral
Diretoria de Comunicação e Relações Institucionais
WTorre"

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