THAIS BILENKY
NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) - Três meses após assinar o acordo de prisão domiciliar com a Justiça dos EUA, o ex-presidente da CBF José Maria Marin conseguiu trocar a exigência de carta de fiança de US$ 2 milhões pelo pagamento de um valor entre US$ 200 mil e US$ 250 mil em espécie.
A decisão, antecipada pela Folha de S.Paulo, será informada ainda nesta quinta-feira (4) pelo Tribunal de Nova York, onde Marin é julgado sob acusação de envolvimento no escândalo de corrupção do futebol mundial.
A defesa do cartola vinha negociando com a promotoria havia semanas, sob alegação de que a carta de fiança era custosa e burocrática. Após chegar ao acordo, o juiz Raymond Dearie deve ratificar o entendimento entre as partes.
Essa é a última pendência da garantia exigida pelos EUA para que Marin aguarde o julgamento em seu apartamento em Nova York. O réu já desembolsou US$ 1 milhão da fiança previsto no acordo e colocou o imóvel onde mora, avaliado em US$ 2,5 milhões, como garantia.
Ele custeia ainda a tornozeleira eletrônica, câmeras de vigilância em seu apartamento e segurança privada que o monitora permanentemente --este último item ao custo mensal de aproximadamente US$ 90 mil, de acordo com serviços similares credenciados pela corte.
O ex-presidente da CBF foi extraditado para os EUA em 3 de novembro, após cinco meses preso na Suíça. Ele é acusado pelo governo americano de participar de um esquema mundial de propinas e subornos no âmbito de comercialização de jogos e direitos de marketing de competições. Marin se declara inocente.
Escrito por Da Redação
Publicado em 04.02.2016, 17:56:30 Editado em 27.04.2020, 19:53:11
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