DIEGO SALGADO E PEDRO LOPES
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Palmeiras já anunciou sete reforços para a temporada e deve encerrar as investidas ao mercado. Há, ainda, uma pequena chance de a diretoria contratar mais um jogador. Se isso ocorrer, o clube irá descartar a ajuda da Crefisa.
No ano passado, a principal patrocinadora do time ajudou em duas das 25 contratações do clube. Vieram os atacante Lucas Barrios e o volante Thiago Santos.
No primeiro caso, a empresa desembolsou R$ 4 milhões de pagamento de luvas para o jogador paraguaio, além de arcar com os salários do atleta. No segundo, a Crefisa ainda pagou a multa rescisória de R$ 1 milhão. Após a participação, a empresa, que gasta ainda R$ 23 milhões por ano pelo principal espaço na camisa alviverde, não descartou voltar a atuar nesse sentido. Em 2016, porém, a postura é diferente, por opção do presidente Paulo Nobre.
As contratações dos sete jogadores trazidos pela diretoria, por exemplo, não tiveram incentivo financeiro da Crefisa. Na negociação de valor mais elevado, a do atacante Erik, o Palmeiras pagou R$ 13 milhões.
Leila Pereira, dona da Crefisa e da FAM, confirmou que Nobre brecou a ajuda das empresas. O presidente Paulo Nobre já divulgou que não precisará da ajuda da Crefisa, disse ao UOL por meio da sua assessoria de imprensa.
A empresa deu a entender ainda que teria interesse em contratar o meia Valdivia, que deixou o Palmeiras em agosto passado. No último dia 31, a Crefisa divulgou uma foto dos donos da empresa ao lado do jogador, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A Crefisa como todo torcedor quer um Palmeiras forte, vencedor, afirmou Leila ao ser indagada pela reportagem sobre a imagem.
Nesta quinta-feira (7), em entrevista à Rádio Bandeirantes, Nobre disse que o meia Lucas Lima foi oferecido ao Palmeiras. O mandatário, entretanto, descartou a contratação, alegando que o valor da negociação está fora da realidade do clube.
O Palmeiras não tem a menor condição de comprar um jogador que está neste padrão europeu. O Palmeiras está com pecha de milionário, mas não é verdade. O Palmeiras estava falido, quase era uma chacota. Nem era considerado rival para compra de jogadores, disse,
RUSGA
Em novembro do ano passado, Palmeiras e Crefisa tiveram um desentendimento. O fato se deu porque o clube, em parceria com a Adidas, decidiu lançar uma camisa retrô do início dos anos 1990, com menção à Parmalat, patrocinadora do clube de 1992 a 2000. A resposta da Crefisa foi imediata.
O patrocinador master é a FAM e a Crefisa, investimos quase R$ 100 milhões no Palmeiras, estamos reformando a Academia agora e o Nobre vem com essa proposta indecente? Acham que a gente é trouxa?. disse Leila ao jornal Lance!.
Segundo a empresária, a Crefisa banca o clube ao lado do programa de sócio-torcedor. O relacionamento que deveria ser de primeira linha está sendo deteriorado por falta de lealdade e de jogo de cintura. Eles (dirigentes do Palmeiras) decidem e o último a saber é quem banca aquilo lá, junto com o Avanti, disse à época.
Escrito por Da Redação
Publicado em 08.01.2016, 15:00:29 Editado em 27.04.2020, 19:53:47
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