PAULO ROBERTO CONDE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Nunca peguei e nunca vi um período complicado como esse no basquete feminino." A afirmação é do técnico da seleção, Antonio Carlos Barbosa, 70, e que completa 50 anos de carreira no esporte.
A crise a qual ele se refere, instituída nos últimos meses entre a CBB (Confederação Brasileira dE Basquete) e a LBF (Liga Feminina de Basquete), resultou em um boicote e o pedido de dispensa de sete das 12 jogadoras convocadas para o evento-teste da Olimpíada que acontece entre os dias 15 e 17 de janeiro, no Rio.
Nesta quarta-feira (6), a seleção se apresentou em São Paulo com apenas 11 atletas. Cinco foram convocadas na terça (5) para substituir as sete dissidentes. A pivô Clarissa, do Coritnhians/Americana, furou o boicote dos clubes e se apresentou.
"A coisa fugiu do controle, precisamos definir o último nome e esperamos escolher hoje à noite. Ficamos na expectativa de um bom senso da selecionada. Dá para trabalhar com 11, mas fica complicado até para dar treino", explica Barbosa.
As negativas das jogadoras foram, na verdade, um boicote de cinco dos seis times da LBF, que pedem mudanças na CBB. Destes, apenas o Sampaio Basquete, do Maranhão, liberou as atletas.
Para completar o grupo, Barbosa não descarta até convocar uma atleta da seleção de base. O que o treinador diz que não vai acontecer é uma retaliação em relação às atletas que ele deseja ter nos Jogos Olímpicos do Rio, a partir de agosto.
"As jogadoras que pediram dispensa não sofrerão nenhuma retaliação para a convocação olímpica", garante Barbosa, ressaltando que "o problema é com os clubes", não elas.
A convocação olímpica deve ser feita em maio. Diretor técnico da CBB, o ex-ala Vanderlei Mazzuchini confia que o treinador vai conseguir reunir o melhor grupo para os Jogos do Rio.
"Não tenho dúvida de que em maio o Barbosa vai reunir todas as melhores jogadoras pra seleção brasileira", diz o dirigente.
Escrito por Da Redação
Publicado em 06.01.2016, 18:58:21 Editado em 27.04.2020, 19:53:50
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