SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Depois da determinação da 33ª Vara Criminal do Rio, nesta quarta-feira (3), para que o livro "Minha Luta", de Hitler, fosse recolhido, a Saraiva tirou do ar a edição digital da Leya que estava disponível em seu site.
Sempre lacônica em seus comunicados, a Saraiva limita-se a dizer que não comercializa o livro em qualquer formato.
A decisão da justiça carioca, assinada pelo juiz Alberto Salomão Júnior, determinou que a busca e apreensão do livro. Quem vendê-lo, exibi-lo ou divulgá-lo está sujeito a uma multa de R$ 5.000 por exemplar.
O juiz também pediu o recolhimento dos exemplares na sede das editoras Centauro e Geração Editorial. A primeira casa, por enquanto, é a única a comercializar a obra de Hitler -embora a maior parte das redes de livrarias tenha se recusado a vendê-la antes mesmo da decisão judicial.
Já a Geração planeja para março um volume comentado do manifesto nazista. A empresa afirma que os exemplares não foram sequer impressos.
Ambas as casas prometem recorrer da decisão.
Desde o dia 1º de janeiro, o manifesto nazista está em domínio público, o que iniciou um grande debate ético sobre sua publicação. A obra, cujos direitos pertenciam ao estado alemão da Baviera, não era publicada desde 1945. Em janeiro, escritores brasileiros já haviam lançado manifesto pedindo o boicote às edições brasileiras da obra.
Escrito por Da Redação
Publicado em 04.02.2016, 14:32:21 Editado em 27.04.2020, 19:53:11
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