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Casas de cultura do Rio funcionam sem autorização do Corpo de Bombeiros

LUIZA FRANCO RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - De acordo com levantamento feito pela reportagem, ao menos três das principais casas de cultura do Rio de Janeiro funcionam sem a documentação necessária para comprovar o cumprimento dos requisitos de segura

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.01.2016, 13:14:43 Editado em 27.04.2020, 19:53:31
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LUIZA FRANCO
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - De acordo com levantamento feito pela reportagem, ao menos três das principais casas de cultura do Rio de Janeiro funcionam sem a documentação necessária para comprovar o cumprimento dos requisitos de segurança exigidos pelo Corpo de Bombeiros.
As três são vinculadas ao governo federal: Museu Histórico Nacional, o Museu Nacional de Belas Artes e a Caixa Cultural.
Nenhuma delas tem o certificado de aprovação emitido pelo Corpo de Bombeiros após a apresentação de documentos por parte da instituição e fiscalização.
Destruído num incêndio que ocorreu em dezembro, o Museu da Língua Portuguesa de São Paulo também não tinha a documentação de segurança necessária para funcionar.
Tombado em 1973, o prédio de 17 mil m2 onde fica o Belas Artes, no centro histórico do Rio, foi projetado em 1908 pelo arquiteto Adolfo Morales de los Rios para servir de sede para a Escola Nacional de Belas Artes.
O museu abriga coleções de milhares de exemplares de pintura, desenho, gravura e escultura brasileira e estrangeira, além de um acervo de fotografia.
O prédio do Museu Histórico também tem relevância histórica. Seu conjunto arquitetônico foi desenvolvido a partir do Forte de Santiago, na Ponta do Calabouço, um dos pontos estratégicos para a defesa da cidade do Rio de Janeiro.
Fundado em 1922, o museu tem um acervo de mais de 300 mil itens, e diz abrigar a maior coleção de moedas e medalhas da América Latina.
O Rio tem um trauma relativo a falta de segurança em museus. Em 1978, um incêndio destruiu 90% de acervo do MAM-RJ.
Em menos de uma hora, quase todo o acervo foi perdido. Da biblioteca especializada em artes plásticas, pouco sobrou.
O incêndio teve, para as artes plásticas, consequências trágicas. Foram destruídas, por exemplo, 80 pinturas da fase construtivista do pintor uruguaio Joaquim Torres Garcia.
OUTRO LADO
Procurado, o Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), que responde pelo Museu Histórico Nacional e pelo Museu de Belas Artes, afirmou, em nota, que "tem trabalhado com medidas preventivas a fim de evitar todos os riscos que podem afetar um edifício ou acervo de museu".
Sobre o caso específico dos museus do Rio, o instituto disse que eles estão em imóveis tombados e que o instituto tem buscado se adequar à legislação vigente.
"Tanto o Museu Histórico Nacional quanto o Belas Artes têm realizado constantes investimentos em segurança ao longo dos últimos anos. Ambos possuem sensores de incêndio, rede de extintores, câmeras de segurança, sinalização adequada. Também realizam, regularmente, treinamentos com as equipes."
Afirmou ainda que está trabalhando com o Corpo de Bombeiros do Estado para firmar um acordo de cooperação técnica, cujo objetivo é apoiar o Ibram na adequação dos seus museus às normas e exigências da legislação.
A Caixa Cultural não se pronunciou até a publicação deste texto.

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