MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Três meses após o início da pandemia, crédito ainda não chegou, diz Abiplast

Três meses depois da decretação da pandemia no Brasil, o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), José Ricardo Roriz Coelho, disse que o crédito a

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 06.06.2020, 12:19:00 Editado em 06.06.2020, 12:21:57
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

Três meses depois da decretação da pandemia no Brasil, o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), José Ricardo Roriz Coelho, disse que o crédito ainda não chegou à economia.

continua após publicidade

"No Brasil, a realidade na economia real é muito preocupante. As empresas estão sofrendo muito com os reflexos da crise e o cenário para o futuro próximo é devastador." Segundo Roriz Coelho, fazer o crédito chegar às empresas é a questão central imediata para minimizar os impactos na economia.

O presidente da Abiplast elogia as medidas do Banco Central, mas afirmou que o dinheiro não está alcançando a ponta final. "O papel do BC foi muito importante porque houve mais liquidez, mais recursos liberados no mercado, sobretudo por depósito compulsório. O problema é que o dinheiro está represado nos bancos e não chega às empresas, que precisam de capital de giro para pagar salários, impostos, comprar matérias-primas, fazer manutenção de equipamentos", avalia.

continua após publicidade

Para ele, a recuperação do mercado de ações brasileiro, que apresentou alta nesta semana, é apenas reflexo da melhora no mercado internacional. O número contrasta com os dados da produção industrial em abril, que teve a maior queda da série histórica, iniciada em 2002. A atividade caiu 18,8% em abril, na comparação com março, impactada pela crise do novo coronavírus.

Depois da pandemia, o grande nó para o País é o chamado custo Brasil, segundo Roriz. A médio e longo prazos, esse deve ser o ponto de enfrentamento para que haja retomada de crescimento. "O País tem uma carga tributária muito elevada para quem produz, tem uma burocracia muito grande, tem uma instabilidade jurídica enorme, o que gera insegurança muito grande. A médio prazo, temos de retomar todas as discussões sobre as reformas, pois elas são fundamentais para diminuir esse custo Brasil", afirma.

Estima-se que o custo para produzir hoje no Brasil, se comparado à média dos países membros da OCDE, é superior a R$ 1,5 trilhão. "É um custo muito grande para as empresas produzirem aqui e faz com que o produto brasileiro não tenha competitividade para ser exportado e ainda perca competitividade aqui dentro, para concorrer com produtos que vem de fora", diz.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Três meses após o início da pandemia, crédito ainda não chegou, diz Abiplast"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!