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Cemig diz que governo aceita acordo e busca maneira de pagar por usinas

CAROLINA LINHARES BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - O presidente da Cemig, Bernardo Alvarenga, afirmou nesta sexta-feira (18) que o governo federal aceita um acordo para que a estatal mineira de energia mantenha a concessão de suas usinas, desde que a emp

Da Redação

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Publicado em 18.08.2017, 18:00:08 Editado em 18.08.2017, 18:00:08
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CAROLINA LINHARES

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BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - O presidente da Cemig, Bernardo Alvarenga, afirmou nesta sexta-feira (18) que o governo federal aceita um acordo para que a estatal mineira de energia mantenha a concessão de suas usinas, desde que a empresa tenha como pagar por elas.

A Cemig busca a renovação das concessões das usinas de Miranda, Jaguara e São Simão, que já expiraram, mas vêm sendo mantidas por decisões judiciais. Um leilão marcado para setembro prevê arrecadar R$ 11 bilhões com a outorga das três hidrelétricas e também da usina de Volta Grande.

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Nesta quinta (17), a direção da estatal se reuniu com membros dos ministérios da Fazenda, do Planejamento e de Minas e Energia para oferecer uma proposta ao governo. Alvarenga afirmou que a Cemig pretende pagar os R$ 11 bilhões.

"O acordo está aceito, desde que [a empresa] consiga pagar os R$ 11 bilhões", disse Alvarenga. "Nós precisamos urgentemente que o governo nos ajude com empréstimos bancários para honrar esse compromisso porque a Cemig não tem como fazer o levantamento da noite para o dia."

A data para o pagamento, segundo estipulou o leilão, é 10 de novembro. "Estamos negociando agora como fazer para achar uma solução que atenda a Cemig e o governo na questão do pagamento", completou Alvarenga.

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A Cemig só tem tem R$ 3,5 bilhões no caixa e precisaria de empréstimos de bancos, como o BNDES.

O governo federal, por sua vez, conta com a receita do leilão para cumprir a meta de deficit deste ano de R$ 159 bilhões.

A empresa argumenta ter direito às renovações por mais 20 anos nas três usinas e questiona a realização do leilão no STF (Supremo Tribunal Federal). O julgamento das ações sobre o caso está agendado para o próximo dia 22.

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"É uma injustiça de todo tamanho, a Cemig está comprando aquilo que é dela. Estamos sendo desapropriados", disse Alvarenga.

'NÃO MEXAM COM MINAS'

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Nesta sexta, a Cemig realizou um ato de cerca de 800 pessoas na usina de Miranda, em Indianópolis (MG), na região do Triângulo Mineiro. A ideia é pressionar para manter as concessões.

Participaram do evento o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), além de deputados federais mineiros, deputados estaduais, sindicalistas e movimentos sociais. Houve gritos de "Fora, Temer" durante a execução do hino nacional.

Pimentel discursou contra a privatização e disse que o leilão de usinas é só a porta de entrada para venda de loterias, bancos e aeroportos.

"O que nós queremos é o nosso direito. É manter o que já é nosso, as usinas que já são nossas. Se o governo federal quer receber, nós podemos negociar. Estamos dispostos a achar uma solução negociada. O que não queremos é que venham na mão grande botar nossas usinas no leilão para o estrangeiro comprar e depois vender energia cara", disse o governador.

"Vamos dizer em alto e bom som para o Brasil inteiro entender: não mexam com Minas Gerais, nós estamos quietos, deixa a gente quieto aqui, deixa a gente com as nossas usinas, deixa a Cemig produzindo energia", completou.

O deputado estadual Rogério Correia (PT), que coordena a Frente Mineira em Defesa da Cemig, afirmou, durante o ato, que "não se pode vender uma empresa simplesmente por causa de um deficit anual dessa enormidade, isso não resolve nada".

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