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Agência S&P acalma investidores e tira pressão de Bolsa e dólar

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A decisão da agência de classificação de risco S&P de retirar de observação da nota de crédito do Brasil alivia os investidores nesta quarta-feira (16), com a leitura de que o governo ganhou um voto de confiança para tentar ac

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.08.2017, 11:10:09 Editado em 16.08.2017, 11:10:09
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A decisão da agência de classificação de risco S&P de retirar de observação da nota de crédito do Brasil alivia os investidores nesta quarta-feira (16), com a leitura de que o governo ganhou um voto de confiança para tentar acertar as contas públicas, após elevar a meta de deficit fiscal deste ano e do próximo. Às 10h59, o dólar comercial operava estável em R$ 3,175. No horário, o dólar à vista perdia 0,46%, para R$ 3,174.

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O Ibovespa, índice das ações mais negociadas, subia 0,36%, para 68.605 pontos. O dia será de instabilidade por causa do vencimento de opções sobre o Ibovespa, que também aumenta o volume.

Os investidores receberam bem a notícia de que a agência S&P retirou o rating brasileiro de observação. Na noite de terça, a S&P manteve a nota brasileira em BB, com perspectiva negativa, mesmo após o governo ter anunciado previsão de deficit fiscal maior.

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"Desde que colocamos nossa classificação do Brasil em observação negativa, em maio, o cenário político está um pouco mais estável, uma vez que o presidente Temer sobreviveu a uma votação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em junho e no Congresso em agosto, relacionado a corrupção", afirmou a S&P.

A agência afirmou ainda que a economia brasileira parece ter se estabilizado, e mencionou que o Congresso aprovou a reforma trabalhista em julho, além do governo seguir empenhado em fazer avançar a reforma da Previdência e levar adiante uma agenda microeconômica.

"A perspectiva negativa, no entanto, reflete desafios políticos e o risco de um corte nos próximos seis a nove meses se o Congresso não conseguir aprovar leis que reduzam a rigidez fiscal do Brasil, que dificultam a redução do déficit e a moderação sustentada do crescimento das despesas", disse a S&P.

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Na avaliação de analistas, a decisão tira pressão do governo. Segundo o Painel, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) entrou em contato com as três maiores agências -além da S&P, Fitch e Moody's- para pedir prazo de três meses para revisar as notas do país.

"Do lado político, o ministro Meirelles vai sofrer muitas críticas, mas o governo promete descontingenciar cerca de R$ 8 bilhões, o que pode acalmar segmentos ligados ao governo. A S&P manteve a classificação de risco do Brasil em BB e retirou a revisão, mas outras agências podem não ser tão benevolentes", afirma, em relatório, Alvaro Bandeira, economista-chefe do home broker Modalmais.

O alívio na percepção de risco também foi sentida pelo CDS (credit default swap, espécie de seguro contra calote), que se desvaloriza 0,46%, para 200,3 pontos.

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No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados recuam. A taxa do contrato com vencimento em janeiro de 2018 tem queda de 8,135% para 8,130%. A taxa para o vencimento em janeiro de 2019 sobe de 8,060% para 8,080%.

Os investidores aguardam, na tarde desta quarta, a divulgação da ata da última reunião do banco central americano, que pode mexer com o dólar.

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