SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) manteve nesta quinta-feira (10) decisão de aguardar o julgamento do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para se posicionar sobre a aquisição da Time Warner pela AT&T.
A ação do conselho-diretor na Anatel freia os efeitos da negociação no Brasil. Na prática, a ideia é impedir novos acordo e trocas de informações entre a operadora Sky, controlada indiretamente pela AT&T, e a Time Warner, dona de canais como HBO, Warner Channel, TNT e Cartoon Network.
De acordo com a Anatel, ficam vedadas movimentações "capazes de afetar, direta ou indiretamente, a condução dos negócios da Sky, de suas controladas e coligadas e o mercado brasileiro de TV por assinatura".
A agência reguladora rejeitou recurso da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) que pedia uma posição do órgão sobre a operação antes do julgamento da transação pelo Cade.
A compra da Time Warner pela AT&T, um negócio de US$ 85,4 bilhões, recebeu em março aprovação na União Europeia.
Em junho, a Anatel enviou ao Cade conjunto de preocupações sobre potenciais riscos concorrenciais no Brasil por causa da operação.
A Anatel disse na época que a operação poderia criar risco de exclusão de concorrentes ou bloqueio de entrada de competidores uma vez que o controle vertical entre licenciamento e distribuição de conteúdo pode limitar a capacidade de pequenas prestadoras de TV por assinatura concorrerem por custos e por diferenciação.
Em julho, o Cade considerou a operação "complexa" e ordenou um aprofundamento das análises sobre a operação.
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