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Sete prioriza sondas e pede ajuda a estaleiros em plano de recuperação

NICOLA PAMPLONA RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Em novo plano de recuperação entregue à Justiça, a empresa de sondas Sete Brasil reduziu de oito para quatro o número mínimo de embarcações que precisa concluir para retomar as atividades e pede aos estale

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.08.2017, 16:30:09 Editado em 10.08.2017, 16:30:10
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NICOLA PAMPLONA

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Em novo plano de recuperação entregue à Justiça, a empresa de sondas Sete Brasil reduziu de oito para quatro o número mínimo de embarcações que precisa concluir para retomar as atividades e pede aos estaleiros ajuda financeira para concluir as obras.

O plano, que será discutido em assembleia no fim deste mês, prevê o pagamento dos credores apenas a partir de 2026.

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A Sete Brasil pediu recuperação judicial em abril de 2016, diante das dificuldades em obter recursos para prosseguir com as obras. Na época, a companhia declarou uma dívida de R$ 19,3 bilhões.

Um primeiro plano, com a possibilidade de construção de 8 a 12 sondas, chegou a ser apresentado aos credores, mas não avançou por dificuldades na renegociação dos contratos com a Petrobras, sócia e principal cliente da companhia.

O novo plano de recuperação propõe a "readequação do plano de negócios, de modo a readequá-lo aos melhores interesses do Grupo Sete". Trabalha com a conclusão de quatro sondas "prioritárias".

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Se enquadrarão neste caso aquelas em estágio mais avançado de construção, com menor necessidade de investimento e que estão em estaleiros com capacidade para concluir as obras mais rapidamente e, se possível, com recursos próprios.

Como garantia, a Sete propõe dar aos estaleiros o direito de vender as sondas, caso haja interrupção no contrato de afretamento das sondas ou no pagamento pelos recursos colocados na obra.

O plano diz que a Sete precisará de recursos novos para prosseguir com as obras, num montante de US$ 4,345 bilhões, considerando a conclusão de oito unidades, que podem ser obtidos com os estaleiros construtores ou com terceiros.

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Os novos financiadores terão prioridade sobre o fluxo de caixa gerado pelas sondas. Depois disso, os outros credores começam a receber sua parte.

Segundo planilha anexada ao documento, em caso de construção das oito primeiras sondas, apenas em 2026 haverá fluxo de caixa livre para o pagamento dos credores.

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A empresa propõe o pagamento de R$ 50 mil à vista para aqueles credores que não quiserem esperar. A dívida trabalhista, que tem prioridade, só começaria a ser paga no sexto mês após a aprovação do plano.

A Sete Brasil foi criada em 2010 para construir e operar 28 sondas de perfuração para a estatal. Com a queda no preço do petróleo e os cortes nos investimentos, a Petrobras considera, porém, que não precisará de todos os equipamentos.

A crise foi agravada com a revelação, pela Operação Lava Jato, de que ex-executivos da empresa foram beneficiados pelo esquema de corrupção na Petrobras.

A empresa como sócios a Petrobras, os bancos BTG Pactual, Santander e Bradesco, investidores estrangeiros e os os fundos de pensão Petros, Funcef e Previ, dos empregados da Petrobras, Caixa e Banco do Brasil, respectivamente.

Este ano, os fundos decidiram partir para arbitragem internacional contra a Petrobras para tentar recuperar o investimento. Segundo a estatal, o valor pedido é de R$ 4,475 bilhões.

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