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Bolsa sobe e dólar cai com expectativa de vitória 'fácil' de Temer em denúncia

DANIELLE BRANT SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A expectativa de uma vitória folgada do presidente Michel Temer na denúncia em que é acusado de corrupção passiva no caso JBS tranquilizou o mercado financeiro nesta quarta-feira (2). A esperada demonstração de

Da Redação

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Publicado em 02.08.2017, 18:05:08 Editado em 02.08.2017, 18:05:08
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DANIELLE BRANT

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A expectativa de uma vitória folgada do presidente Michel Temer na denúncia em que é acusado de corrupção passiva no caso JBS tranquilizou o mercado financeiro nesta quarta-feira (2). A esperada demonstração de força do peemedebista provocou alta da Bolsa e fez o dólar comercial encerrar o dia em baixa.

O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas da Bolsa brasileira, fechou a sessão com alta de 0,93%, para 67.135 pontos. Foi a primeira vez que o índice superou os 67 mil pontos desde a crise desencadeada pela delação do empresário Joesley Batista, da JBS.

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O dólar comercial ficou praticamente estável, com leve queda de 0,15%, para R$ 3,121. O dólar à vista, que fecha mais cedo, subiu 0,13%, para R$ 3,118.

A vitória do presidente na denúncia na Câmara dos Deputados já era dada como certa, mas nos últimos dias ganhou força a leitura de que Temer teria mais apoio do que o inicialmente calculado na votação.

Uma margem mais elástica no Congresso injetaria confiança no mercado de que o governo conseguiria passar pelo menos algum item da reforma da Previdência. "Há um otimismo com a vitória de Temer na votação. Se for mesmo por um numero expressivo de votos, pode ser um bom indício de que é possível aprovar alguma reforma da Previdência", diz Samuel Torres, analista de investimentos da corretora Spinelli.

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A avaliação é a mesma de Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor. "O mercado enxerga a continuidade do Temer com bons olhos. Se ele conseguir se segurar com um placar elástico o suficiente, vai alimentar um pouco as expectativas em torno da votação de reformas que ficaram engavetadas, como a Previdência, que deve vir num molde mais enxuto, com elevação da idade mínima, por exemplo", afirma.

"Temer está tentando controlar a trajetória da dívida publica, que é a principal preocupação do mercado, a solvência do Estado", complementa.

AÇÕES

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Na Bolsa, as ações da Petrobras fecharam com valorização superior a 2%, acompanhando também a alta dos preços do petróleo no exterior. Os papéis preferenciais da estatal subiram 2,97%, para R$ 13,51. As ações que dão direito a voto se valorizaram 2,56%, para R$ 14,03.

A Vale terminou o dia praticamente estável, embora os preços do minério de ferro tenham recuado 1,7% no mercado internacional. As ações mais negociadas da mineradora caíram 0,03%, para R$ 28,89. Os papéis ordinários subiram 0,16%, para R$ 31,11.

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O setor financeiro encerrou o dia no azul. Os papéis do Itaú Unibanco avançaram 1,04%. As ações preferenciais do Bradesco subiram 1,31%, e as ordinárias tiveram ganho de 0,99%. O Banco do Brasil teve forte alta de 4,03%, e as units —conjunto de ações— do Santander Brasil fecharam com ganho de 2,48%.

Na parte negativa, as ações da Cielo recuaram 5,03%. O balanço da companhia decepcionou, com continuada queda das receitas afetando o lucro. Foi a maior desvalorização do Ibovespa.

A segunda maior queda veio da Ultrapar, dona da rede Ipiranga. O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) reprovou por unanimidade compra da distribuidora de combustíveis Ale pela Ipiranga, um negócio de cerca de R$ 2 bilhões.

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DÓLAR

Além do componente doméstico, o fator internacional contribuiu para o enfraquecimento do dólar ante o real. A moeda americana perdeu força ante 17 das 31 principais divisas mundiais.

"Há um movimento global de desvalorização do dólar, provocado pela sensação de perda de governabilidade do [presidente americano, Donald trump]", afirma Alessie, da H.Commcor. "Ele não conseguiu entregar a reforma do sistema de saúde, imagine tocar reformas que poderiam beneficiar a economia americana."

O CDS (Credit Default Swap), medida de risco-país, recuou 1,42%, para 204,4 pontos, devolvendo toda a incerteza acumulada após a delação de Joesley. O CDS agora está no menor patamar desde 16 de maio, quando fechou a 196,9 pontos.

No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados fecharam em baixa. O contrato para janeiro de 2018 recuou de 8,230% para 8,205%. O contrato para janeiro de 2019 caiu de 8,050% para 8,010%.

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