LUCAS VETTORAZZO
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A taxa de desemprego no Brasil registrou, no segundo trimestre, a primeira queda desde o final de 2014.
No trimestre encerrado em junho, o índice ficou em 13%, divulgou o IBGE nesta sexta-feira (28), uma queda de 0,7 ponto percentual sobre os 13,7% registrados no primeiro trimestre.
Os dados fazem parte da Pnad Contínua, a pesquisa oficial de emprego do IBGE, cuja abrangência é nacional.
O total da população desocupada que são desempregados em busca de oportunidade somou 13,5 milhões de pessoas, queda de 4,9%. A fila de emprego teve, portanto, uma redução de 690 mil pessoas entre o primeiro e o segundo trimestre.
INFORMALIDADE
Essa queda na taxa de desemprego, porém, ocorreu com o crescimento da informalidade, e não de vagas formais.
"Há mais pessoas sem carteira e por conta própria, que não têm garantias trabalhistas", afirmou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
Enquanto o total de empregados formais permaneceu praticamente estável (recuo de 0,2%) em cerca de 33,3 milhões de trabalhadores, o número de trabalhadores sem carteira assinada cresceu 4,3% e atingiu 10,6 milhões de pessoas.
O trabalho por conta própria também teve alta, de 1,8%, e chegou a 22,5 milhões de pessoas.
O número de empregadores (4,2 milhões de pessoas) também ficou estável.
O total da população ocupada, a que efetivamente ocupa um posto de trabalho no mercado, teve alta de 1,3% e atingiu 90,2 milhões.
De acordo com o IBGE, os grupos nos quais o emprego mais cresceu foram a indústria e os transportes.
HÁ UM ANO
Apesar da melhora, os dados atuais ainda mostram piora no emprego em relação ao verificado há um ano.
A taxa de desemprego do segundo trimestre teve alta de 1,7 ponto percentual em relação a igual período de 2016.
O número total de desempregados registrou alta de 16,4% no intervalo de um ano 1,9 milhão de pessoas ficaram desocupadas no período.
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