SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os drones da Amazon, aposta para agilizar o sistema de entrega de compras da gigante do e-commerce nos Estados Unidos, não devem servir apenas para levar pacotes de um lado para o outro.
De acordo com uma patente registrada nesta terça-feira (25) nos Estados Unidos, os drones também terão tecnologia para espiar o que está acontecendo na casa do cliente, e, com isso, alimentar a base de dados que a Amazon usa para direcionar publicidade e ofertas personalizadas.
O projeto, chamado Amazon Prime Air, permitirá entregas velozes com drones para quem morar perto dos centros de distribuição da companhia e tiver um quintal para receber encomendas, onde os veículos podem aterrissar.
A empresa dá um exemplo de que tipo de coisa seria detectada pela câmera do drone: "um computador do provedor de serviços pode analisar os dados e identificar que o telhado da casa está quebrado e precisa de conserto."
Com essa informação, a Amazon pode sugerir que a pessoa compre uma telha nova, ou contrate um técnico especializado para o reparo.
Em outro exemplo, se a câmera flagrar árvores mal cuidadas, a Amazon pode indicar que o cliente contrate um jardineiro ou fertilizantes.
Não há detalhes sobre o limite dessa intromissão, mas a patente explicita que a finalidade da coleta de imagens é "gerar recomendações" para os consumidores.
O sistema ainda não está funcionando e aguarda testes e regulação. Como o uso dos drones ainda não foi liberado pelo governo, a possibilidade de colher dados pessoais sobre as casas ainda pode ser barrada.
Além disso, o fato de a Amazon ter registrado a patente não garante que a empresa não abandone a ideia por conta própria.
Em junho, a Amazon patenteou uma "colmeia" para seus drones, um centro de distribuição parecido com um lar de abelhas, de onde os pequenos veículos sairiam voando.
O primeiro teste de entrega com drones foi feito em dezembro de 2016, na Inglaterra. O limite de peso previsto é de 2,25 kg por pacote.
A Amazon Prime Air também é uma companhia aérea de transporte de carga, inaugurada em 2016. A empresa tem uma frota de 25 Boeing, que deve aumentar no futuro.
Nesta quinta-feira (27), o dono da Amazon, Jeff Bezos, ultrapassou Bill Gates e se tornou o homem mais rico do mundo.
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