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Dólar cai para R$ 3,14 após BC dos EUA manter juros; Bolsa recua 1%

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar voltou ao patamar de R$ 3,14 nesta quarta-feira (26) após o banco central americano (Fed, na sigla em inglês) manter a taxa de juros do país na faixa entre 1% e 1,25%. Já a Bolsa brasileira fechou em baixa depois de du

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.07.2017, 18:15:08 Editado em 26.07.2017, 18:15:08
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar voltou ao patamar de R$ 3,14 nesta quarta-feira (26) após o banco central americano (Fed, na sigla em inglês) manter a taxa de juros do país na faixa entre 1% e 1,25%. Já a Bolsa brasileira fechou em baixa depois de duas altas seguidas.

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O dólar comercial teve queda de 0,78%, para R$ 3,144. O dólar à vista, que fecha mais cedo, caiu 0,28%, para R$ 3,161.

O Ibovespa, índice das ações mais negociadas na Bolsa, encerrou a sessão em baixa de 1%, a 65.010 pontos, sob peso de Vale, Petrobras e setor financeiro.

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Pela manhã, a preocupação com a meta fiscal e a expectativa com a decisão do Fed levaram a moeda americana à máxima de R$ 3,178. Mas a decisão do banco central americano acalmou os investidores, diante da projeção de que um novo aumento só deve ocorrer na reunião de março de 2018.

Em seu comunicado, o Fed indicou que a economia americana está crescendo a um ritmo moderado e que o mercado de trabalho tem reagido. Por outro lado, a inflação não está pressionando e deve se manter, no curto prazo, abaixo da meta da autoridade monetária, de 2% ao ano.

O banco central americano também sinalizou que espera começar a implementar seu "programa de normalização do balanço patrimonial relativamente em breve".

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A decisão do Fed trouxe alívio às principais moedas do mundo, que ganharam força ante o dólar nesta quarta-feira. Entre as 31 divisas mais importantes, 19 se valorizaram em relação ao dólar.

CONTAS

Apesar do exterior favorável, a situação fiscal do Brasil continua no radar dos investidores. Nesta quarta, o governo federal divulgou que suas despesas totais cresceram 0,5% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período de 2016.

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Os gastos com folha de pagamentos e encargos cresceram 11,3% no intervalo. Para conter despesas, o governo federal vai lançar um programa de demissão voluntária para servidores e pretende ainda estimular que funcionários reduzam a jornada de trabalho, aceitando receber menos.

O deficit do governo federal alcançou R$ 182,8 bilhões nos 12 meses encerrados em junho, distanciando-se ainda mais da meta estipulada para o ano, de R$ 139 bilhões. Em maio, o deficit estava em R$ 167 bilhões.

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"Apesar da calmaria externa, temos alguns problemas evidentes aqui, exacerbados pela delação da JBS", avalia Vitor Suzaki, analista da Lerosa Investimentos. "O mercado estava um pouco leniente com a questão fiscal, mas isso está ficando cada vez mais perigoso. A revisão da meta, apesar de descartada pelo [ministro Henrique] Meirelles, fica no radar sim."

"Volta a preocupação da briga do lado político com o mundo econômico, e o mercado fica na dúvida sobre quem ganha o embate. Por enquanto, o Meirelles continua com carta branca para fazer o que quer. Mas se os investidores acharem que ele perderá força, pode haver uma reprecificação de ativos".

Diante desse cenário, o governo discute a possibilidade de adiar o reajuste salarial parte dos servidores públicos para o segundo semestre do ano que vem. O objetivo é tentar reduzir o rombo no Orçamento de 2018.

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O Banco Central manteve sua atuação no mercado e vendeu 8.300 contratos de swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro). Até agora, o BC já rolou US$ 5,395 bilhões dos US$ 6,181 bilhões que vencem em agosto.

O CDS (Credit Default Swap, termômetro de risco-país) recuou 1,15%, para 214,1 pontos.

No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados fecharam recuaram. A taxa para janeiro de 2018 caiu de 8,515% para 8,500%. O contrato para janeiro de 2019 caiu de 8,410% para 8,390%.

AÇÕES

As ações da Vale e da Petrobras devolveram parte da valorização registrada nas duas últimas sessões, apesar da alta dos preços do minério de ferro e do petróleo.

Os papéis mais negociados da mineradora caíram 2,51%, para R$ 27,94. As ações que dão direito a voto tiveram queda de 3,10%, para R$ 29,66. Os papéis mais negociados da Petrobras, os preferenciais, caíram 1,21%, para R$ 13,06.

No setor financeiro, a sessão também foi de queda. O Itaú Unibanco teve baixa de 0,46%. Os papéis preferenciais do Bradesco tiveram desvalorização de 0,87%, enquanto os ordinários perderam 1,39%.

As ações do Banco do Brasil caíram 2,44%. Na contramão, as units —conjunto de ações— do Santander Brasil subiram 1,37%.

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