INCLUI GOVERNO-IMPOSTOS 2
SYLVIA COLOMBO, ENVIADA ESPECIAL
MENDOZA, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - O presidente Michel Temer disse nesta sexta (21), ao final da Cúpula do Mercosul, que "entende a reação da Fiesp" ao aumento dos impostos cobrados sobre os combustíveis anunciado na quinta (20).
Ele afirmou, no entanto, não acreditar que a posição dos empresários possa ter um impacto político.
"A reação deles é natural, ninguém quer tributo. Na verdade, quando todos compreenderem o motivo, que esse imposto é fundamental para incentivar o crescimento, para manter a meta fiscal, alcançar a estabilidade do país, essa matéria será superada. Estamos dialogando, e creio que todos compreenderão."
Em resposta ao aumento na tributação sobre combustíveis, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) resgatou o pato, símbolo da campanha contra a recriação da CPMF em 2015 e dos protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff.
Temer acrescentou que, por enquanto, não há previsão de aumentar outros impostos.
"Quando chegamos ao governo, estávamos com a síndrome da CPMF, todos achavam que nós iríamos voltar com a CPMF. Nós não o fizemos, agora, meses depois, viemos com esse aumento, que é apenas dos combustíveis."
Na quinta, ao chegar a Mendoza, Temer já havia dito que "a população brasileira irá compreender [o aumento de impostos], "porque este é um governo que não mente, que não dá dados falsos".
BENEFICIAR O BOLSO
Também na quinta, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o aumento de tributos era a única saída no momento para elevar as receitas do governo, que vêm diminuindo com a recessão.
"Tudo o que fazemos é para beneficiar o bolso do cidadão. Ganhando mais, com emprego e com menos inflação", disse. "A inflação está reagindo bem, está caindo bastante. O momento em que se poderia fazer essa medida era agora, quando há espaço ainda na inflação, com previsão de ficar abaixo da meta."
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