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Reforma do setor elétrico prevê benefício a consumidor e Eletrobras, diz governo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Medidas para uma ampla reforma do setor elétrico podem ter um impacto final positivo para o consumidor e para empresas do setor, principalmente a estatal Eletrobras, assim como ajudar nas contas da União, disseram autoridades

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.07.2017, 12:40:07 Editado em 06.07.2017, 12:40:07
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Medidas para uma ampla reforma do setor elétrico podem ter um impacto final positivo para o consumidor e para empresas do setor, principalmente a estatal Eletrobras, assim como ajudar nas contas da União, disseram autoridades do Ministério de Minas e Energia nesta quinta-feira (6).

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As propostas, apresentadas na quarta-feira (5), preveem uma ampla reforma nas regras para atrair investidores privados e facilitar privatizações de ativos por estatais federais, o que representa uma enorme virada frente à última revisão da legislação do setor, realizada pela presidente Dilma Rousseff entre 2012 e 2013.

As ações de elétricas listadas na B3 tinham forte alta nesta quinta-feira, com destaque para a Eletrobras, que chegou a saltar 15%.

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O secretário-executivo do ministério, Paulo Pedrosa, disse nesta quinta que as medidas podem elevar preços da eletricidade, mas reduzirão encargos e riscos hoje alocados no consumidor, o que poderá gerar um balanço final favorável para as tarifas.

As propostas, que passarão por consulta pública e posteriormente deverão ser transformadas em uma medida provisória, devem incentivar estatais federais a privatizar ativos até 2019, com a concessão de maiores benefícios econômicos às empresas durante esse período. Depois disso, a União ficaria com uma parte maior dos recursos.

A ideia é viabilizar a venda de hidrelétricas antigas da Eletrobras, cuja energia tem sido vendida às distribuidoras de eletricidade por preços abaixo de mercado, em um regime de comercialização conhecido como "cotas".

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Essas usinas poderão ser "descotizadas" antes da venda, para elevar o valor dos negócios, e a arrecadação com as vendas poderá ser dividida igualmente entre a Eletrobras, o Tesouro e o abatimento de custos dos consumidores de energia.

Essa proposta de destinação dos recursos, no entanto, ainda está em discussão com o Ministério da Fazenda, frisou o ministro de Minas e Energia Fernando, Coelho Filho. O governo não deu uma estimativa de quanto essas privatizações podem arrecadar.

RECUPERAÇÃO

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Coelho Filho disse ainda que a reforma vai ajudar a recuperar empresas do setor em dificuldades e ressaltou que não está na agenda do governo a privatização integral de subsidiárias da Eletrobras, como Furnas e Chesf.

As mudanças no setor deverão incluir ainda a ampliação gradual do mercado livre de eletricidade entre 2020 e 2028, revisões em políticas de subsídios e incentivos e a separação entre contratação de nova capacidade em usinas (lastro) e a comercialização de energia.

Essa última ideia resultaria em mudança nos leilões de energia promovidos pelo governo, que atualmente envolvem a contratação simultânea de lastro e energia pelas distribuidoras.

No novo formato, os leilões do governo contratariam apenas capacidade, ou lastro, enquanto a venda da energia poderia ser realizada livremente pelas usinas no mercado de eletricidade.

Outra proposta incluída na reforma é utilizar a RGR (Reserva Global de Reversão), um fundo do setor elétrico, para pagar parte de indenizações devidas pela União a transmissoras de eletricidade, reduzindo o impacto dessas compensações sobre as tarifas.

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