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ATUALIZADA - Governo estuda usar FGTS para poupar seguro-desemprego

FLAVIA LIMA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o governo discute reter parte do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) dos trabalhadores demitidos sem justa causa para economizar com o pagamento do se

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.06.2017, 21:20:09 Editado em 23.06.2017, 21:20:09
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FLAVIA LIMA

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o governo discute reter parte do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) dos trabalhadores demitidos sem justa causa para economizar com o pagamento do seguro-desemprego.

A discussão do governo Michel Temer sobre o tema foi antecipada nesta sexta-feira (23) pelo jornal "O Globo".

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Demitido sem justa causa, o trabalhador usaria o recurso do FGTS que já tem direito para se manter por alguns meses, permitindo que o governo poupe com o benefício.

Atualmente, o seguro-desemprego tem duração de três a cinco meses e varia entre R$ 937 e R$ 1.643, a depender do salário do trabalhador.

De acordo Meirelles, a proposta ainda passa pelas áreas técnicas e será analisada pela equipe econômica.

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Ele disse ainda que não existem números sobre a economia do governo com o atraso na liberação do benefício.

O Brasil tem hoje mais de 14 milhões de desempregados. O Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) indica que a crise elevou o tempo que as pessoas passam à procura de ocupação.

Em São Paulo, desde abril de 2016, esse tempo passou, em média, de 34 para 42 semanas, ou seja, mais de dez meses. Ou seja, o demitido fica já hoje um longo tempo sem o seguro-desemprego.

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Embora a economia da medida ainda não tenha sido quantificada, já é possível dizer que o seu potencial para causar polêmica é grande.

Os recursos depositados no FGTS não são do governo, mas do trabalhador, que, se demitido sem justa causa, tem direito ao saque. O governo estaria, dessa forma, cumprindo um dever com recursos do próprio demitido.

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Para João Saboia, especialista em mercado de trabalho, o empregado, que hoje tem acesso imediato ao benefício, vai se sentir lesado. "Entendo que o governo pense nisso pela pressão vinda do maior número de desempregados, mas a oposição vai ser grande."

Segundo "O Globo", a ideia é reter o saque da conta do FGTS e também a multa de 40% previstos no caso de demissão sem justa causa.

Os recursos seriam parcelados em três meses, sendo que os valores mensais corresponderiam ao último salário do trabalhador.

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Passados três meses sem conseguir outra colocação, o trabalhador poderia dar entrada no pedido de seguro-desemprego e retirar o restante do valor do FGTS.

Se conseguir um novo emprego, também poderia sacar o restante de uma vez.

A proposta é discutida no momento em que o número de trabalhadores que recebe o seguro-desemprego caiu.

Conforme reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" do último dia 16, o gasto do governo em 2014 com o seguro-desemprego foi de R$ 39,9 bilhões (corrigidos pela inflação), ante R$ 35,8 bilhões no ano passado.

A queda, em um momento de aumento do desemprego, ocorreu pelo endurecimento nas regras estabelecidas para solicitar o benefício.

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