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Bolsa cai 2,01% com derrota da reforma trabalhista em comissão do Senado

SÃO PAULO. SP (FOLHAPRESS) - A Bolsa brasileira caiu 2,01% nesta terça-feira (20) e fechou abaixo do patamar registrado no dia 18 de maio, o dia seguinte à divulgação da notícia de que Joesley Batista havia gravado o presidente Michel Temer em conversas q

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.06.2017, 18:45:04 Editado em 20.06.2017, 18:45:07
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SÃO PAULO. SP (FOLHAPRESS) - A Bolsa brasileira caiu 2,01% nesta terça-feira (20) e fechou abaixo do patamar registrado no dia 18 de maio, o dia seguinte à divulgação da notícia de que Joesley Batista havia gravado o presidente Michel Temer em conversas que foram o estopim da atual crise política. O dólar avançou para acima dos R$ 3,30.

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A queda de 2,01% no Ibovespa, a 60.766 pontos, foi causada pela rejeição da proposta de reforma trabalhista em uma das comissões do Senado. Cresceu a desconfiança de investidores sobre a capacidade do governo aprovar reformas.

"O governo não pode perder nem jogo de palitinho. Todo mundo está de olho na governabilidade", diz economista-chefe do home broker Modalmais, Alvaro Bandeira.

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Desde que os executivos da JBS fecharam acordo de delação premiada e citaram Temer em suas acusações, investidores têm se mostrado reticentes sobre a capacidade do presidente se manter no cargo e aprovar reformas. Por semanas o PSDB, principal aliado do governo Temer, debateu o desembarque do governo.

A derrota na Comissão de Assuntos Sociais, por 10 a 9, foi causada por votos contrários de senadores da base aliada, incluindo o tucano Eduardo Amorim (SE). A votação foi divulgada antes das 13h, quando a Bolsa brasileira aprofundou a queda que vinha registrando desde o início do pregão.

Para Raphael Figueredo, da Clear Corretora, a derrota desta terça faz investidores se questionarem também sobre a aprovação da reforma da Previdência, que tem repercussão ainda mais negativa junto à população.

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"O que a gente tem visto é o mal estar político gradativamente afetando o mercado", diz Figueredo.

A rejeição da reforma trabalhista na comissão não sepulta o projeto do governo. O texto passará nesta quarta pela CJJ (Comissão de Constituição e Justiça) e governistas esperam levá-lo à plenário até o final do mês.

Sem sucesso, o governo mobilizou ministros para tentar minimizar o impacto da derrota no mercado financeiro.

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A dificuldade de reversão do pessimismo de investidores também veio do exterior. Os preços do petróleo cederam mais de 2%, devido à expectativa de excedente global do produto, e contagiaram os mercados de risco. As principais Bolsas europeias e americanas fecharam em baixa de menos de 1%.

As ações preferenciais (mais negociadas) da Petrobras recuaram 3,66%, para R$ 11,84. Os papéis ordinários (com direito a voto) perderam 3,52%, a R$ 12,86.

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O resultado também foi ruim para Vale e Itaú, com grande peso no Ibovespa. Os papéis dessas companhias caíram mais de 2%.

As ações da JBS chegaram a começar o dia no positivo, mas recuaram 5,35%, para R$ 6,01. Antes da abertura do mercado, a companhia divulgou plano de vender R$ 6 bilhões em ativos.

DÓLAR E JUROS

A moeda americana também reagiu à preocupação com a aprovação das reformas e avançou para acima dos R$ 3,331. O dólar à vista (referência para o mercado financeiro) subiu 1,14%, a R$ 3,3332. A cotação comercial ganhou 1,27%, a R$ 3,3310.

Os contratos de juros futuros também avançaram, indicando que investidores temem uma queda mais lenta da taxa básica caso as reformas não passem.

O vencimento janeiro 2021 subiu de 9,99% para 10,11%. O contrato janeiro 2018 saiu de 9,02% para 9,05%.

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