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ATUALIZADA - Inflação sobe em maio, mas índice em 12 meses é o menor em uma década

NICOLA PAMPLONA RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Após três meses consecutivos de queda, a inflação em maio foi pressionada pelo aumento na conta de luz e voltou a subir, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No acumulado de 1

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 09.06.2017, 11:25:06 Editado em 09.06.2017, 14:22:21
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NICOLA PAMPLONA

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Após três meses consecutivos de queda, a inflação em maio foi pressionada pelo aumento na conta de luz e voltou a subir, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No acumulado de 12 meses, porém, o índice registrado foi o menor dos últimos 10 anos.

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 0,31% em maio, contra 0,14% no mês anterior, quando as tarifas foram reduzidas para devolução ao consumidor de valores cobrados de forma irregular pela eletricidade da usina de Angra 3, que está com as obras paralisadas.

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Com o fim do desconto, as tarifas de energia subiram 8,98%, respondendo por 0,29 ponto percentual no IPCA de maio. Em abril, a conta de luz havia caído 6,39%.

"Foi uma pressão pontual. Isso não significa que a inflação acelerou com relação ao mês anterior", disse a coordenadora do Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes.

Apesar da alta em relação a abril, foi a menor inflação para o mês desde 2007. Em maio de 2016, o IPCA foi de 0,78%.

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No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação está em 3,60%, bem abaixo do centro da meta oficial do governo, de 4,50%, e menor taxa desde maio de 2007, quando foi de 3,18%.

"Safra imensa com demanda reduzida vêm dando muito pouco espaço para aumento de preços e até contendo pressões por repasses de aumentos de custos", comentou Nunes.

Com o aumento no preço da energia, o grupo Habitação teve alta de 2,14% no mês, também influenciado por aumentos de tarifas de água e esgoto (0,50%) e de condomínio (0,75%).

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Vestuário (0,98%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,62%) também puxaram o índice para cima.

Na outra ponta, tiveram contribuição negativa os grupos Alimentação e Bebidas (-0,35%), Artigos para Residência (-0,23%) e Transportes (-0,42%). Neste último, houve grande influência do preços das passagens aéreas, que caíram 11,81%.

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Os dois grupos têm peso importante no custo de vida da população, respondendo por 43,6% do IPCA.

Houve queda nos preços dos alimentos que o consumidor compra em supermercados, ainda sob efeito da supersafra agrícola e da crise gerada pelo desemprego.

A inflação da alimentação em domicílio caiu 0,56% em maio, contra alta de 0,58% no mês anterior. A alimentação fora de casa também cedeu, fechando o mês em alta de 0,06%, contra 0,68% no mês anterior.

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Frutas (-6,55%), óleo de soja (-6,30%), cenoura (-5,86%) e feijão fradinho (-4,45%) tiveram as maiores quedas no mês.

Alguns produtos começam a registrar inflação também em 12 meses, como cenoura (-33,04%), açaí (-11,99%) e hortaliças (-11,44%).

"É uma safra muito grande. E essa safra grande é que está movimentando a economia, com efeitos no PIB da agricultura e de máquinas", ressaltou a coordenadora da pesquisa.

Em junho, diz ela, a perspectiva é de novo impacto negativo das contas de luz, com a retirada da bandeira vermelha cobrada para financiar as térmicas e custa R$ 3 por kilowatt-hora consumido.

Por outro lado, o índice deve trazer impactos de aumentos nas taxas de água e esgoto em Fortaleza, Belém, Salvador e Curitiba -além do reajuste do gás de botijão anunciado pela Petrobras na quarta (7).

INPC

A inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços da Construção Civil) subiu 0,30% em maio, o dobro da taxa registrada no mês anterior.

O custo nacional da construção civil em maio foi de R$ 1.042,69 por metro quadrado, contra R$ 1.039,54 no mês anterior.

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