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Burocracia brasileira trava interesse de aéreas de baixo custo, diz setor

JOANA CUNHA, ENVIADA ESPECIAL MÉXICO (FOLHAPRESS) - As dificuldades regulatórias impedem o interesse de companhias aéreas de baixo custo no Brasil, e os outros países da América Latina ainda são prioridade para as empresas estrangeiras do segmento. A afi

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.06.2017, 01:15:08 Editado em 05.06.2017, 01:15:11
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JOANA CUNHA, ENVIADA ESPECIAL

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MÉXICO (FOLHAPRESS) - As dificuldades regulatórias impedem o interesse de companhias aéreas de baixo custo no Brasil, e os outros países da América Latina ainda são prioridade para as empresas estrangeiras do segmento.

A afirmação foi feita por Peter Cerda, vice-presidente para a região das Américas da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo) neste domingo (4), em evento do setor, no México.

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Cerda apontou entre as principais dificuldades enfrentadas pela indústria no país aquelas que elevam os custos, como é o caso do querosene de aviação, cuja tributação está sendo discutida em Brasília.

"O Brasil é um exemplo em que a regulação pouco ortodoxa obstrui o crescimento da indústria", disse Cerda.

Segundo ele, a política para o combustível no país eleva os custos das companhias aéreas em cerca de US$ 660 milhões ao ano.

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"No Brasil, as regras punem as companhias por atrasos e cancelamentos, mesmo quando eles não são causados por culpa das empresas."

Mas Cerda não se queixou apenas do Brasil. Ele também instou outros governos latino-americanos a corrigir as deficiências de infraestrutura.

"Infelizmente, os governos da região impedem o crescimento sustentável com deficiências de infraestrutura crônicas", disse.

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Nos cálculos da Iata, o volume de passageiros deve dobrar até 2034 e a contribuição do setor para o crescimento do PIB na região poderia passar de US$ 140 bilhões para US$ 322 bilhões.

A demanda dos passageiros tem avançado nos vizinhos do Brasil na América Latina, mas alguns aeroportos importantes permanecem incapazes de absorver tal crescimento, segundo o representante da Iata.

Entre os exemplos mais preocupantes, na opinião da Iata, está o aeroporto internacional Jorge Chávez, em Lima (Peru), que tem capacidade para 10 milhões de passageiros por ano, mas atualmente movimenta 17 milhões.

A Cidade do México, um dos principais "hubs" (aeroporto que distribui as principais conexões para outros locais) da região, também vê a infraestrutura inadequada restringir seu crescimento.

Na Argentina, embora o governo tenha feito mudanças regulatórias positivas, aprovando novas rotas e operação de novas companhias, o sistema de controle de tráfego aéreo passa por uma urgente necessidade de modernização, segundo Cerda.

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