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Bolsa sustenta 2ª alta, apesar de cenário político incerto; BTG cai 5%

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Bolsa brasileira conseguiu sustentar a segunda alta seguida nesta quarta-feira (24), apesar do cenário político ainda indefinido e em meio a manifestações em Brasília contra as reformas e a favor da saída do presidente Miche

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.05.2017, 18:10:11 Editado em 24.05.2017, 18:10:12
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Bolsa brasileira conseguiu sustentar a segunda alta seguida nesta quarta-feira (24), apesar do cenário político ainda indefinido e em meio a manifestações em Brasília contra as reformas e a favor da saída do presidente Michel Temer do cargo.

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Os investidores também analisaram informações de que o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, estaria negociando uma delação premiada, conforme noticiado pelo site "O Antagonista".

O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas do mercado brasileiro, fechou em alta de 0,95%, para 63.257 pontos. A Bolsa chegou a subir 2,16%, mas acabou perdendo força à tarde.

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O dólar operou em baixa na maior parte do pregão, em linha com o comportamento da moeda americana no exterior, enquanto os investidores aguardavam a minuta da última reunião do banco central americano, em maio. Na mínima do dia, a moeda americana chegou a ser cotada a R$ 3,25.

Instável, a moeda americana acabou fechando em alta nesta quarta. O dólar comercial subiu 0,39%, para R$ 3,281. O dólar à vista teve alta de 0,01%, para R$ 3,280.

Para Luis Gustavo Pereira, analista da Guide Investimentos, o mercado tenta acomodar o panorama indefinido na política nacional. "Os cenários são muitos. Você tem essa notícia sobre a delação do André Esteves, o dólar reagindo a essa instabilidade. Cria-se o caos", resume.

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Após a publicação da informação pelo site "O Antagonista", as ações do BTG Pactual, foi fundado por Esteves, desabaram 9,94% e entraram em leilão. Os papéis conseguiram se recuperar um pouco e fecharam com queda de 4,88%.

"As delações mais importantes são as da Odebrecht e da JBS. A de Esteves seria mais secundária", avalia Alvaro Bandeira, economista-chefe do home broker Modalmais.

Para ele, o mercado confia que a própria incerteza política no país será resolvida em pouco tempo. "As mudanças políticas não vão demorar muito. As reformas são absolutamente essenciais. São uma agenda do Brasil, não uma agenda do governo Temer", ressalta.

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As ações da JBS, empresa que esteve no centro das recentes polêmicas que atingiram o governo Temer, fecharam em alta de 2,29%, após subirem 9,53% na véspera.

Os papéis da Petrobras fecharam em alta de cerca de 3%. As ações mais negociadas subiram 3,34%, para R$ 13,94. Os papéis com direito a voto da estatal tiveram avanço de 2,70%, para R$ 14,81.

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No setor financeiro, os papéis do Itaú Unibanco subiram 0,82%. As ações preferenciais do Bradesco avançaram 1,14%, e as ordinárias tiveram ganho de 0,71%. As ações do Banco do Brasil ganharam 1,77%, e as units -conjunto de ações- do Santander Brasil tiveram alta de 0,51%.

Na ponta contrária, as ações da Vale recuaram, refletindo a queda de 2,39% dos preços do minério de ferro. O mercado foi impacto pelo corte da nota de crédito da China pela agência de classificação de risco Moody's, o primeiro rebaixamento em 30 anos. Os papéis mais negociados da mineradora caíram 2,07%, para R$ 26,03. As ações com direito a voto perderam 2,62%, para R$ 27,52.

DÓLAR

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Além da instabilidade política, os investidores ficaram atentos à minuta do Fomc, comitê de política monetária do banco central americano. Os membros do Fed concordaram que deveriam suspender o aumento das taxas de juros até que vejam evidências de que a recente desaceleração econômica foi transitória.

A ata foi a última indicação de maior cuidado do Fed em relação ao aperto da política monetária, já que o banco central começou a elevar a taxa de juros de quase zero em dezembro de 2015.

"No curto prazo, os membros do Fed se mostraram mais conservadores. Mas eles fizeram um rebaixamento da taxa neutra de desemprego, o que significa que o mercado de trabalho está mais sólido", afirma Carlos Pedroso, economista sênior do grupo Mitsubishi UFJ Financial Group (MUFG).

"A inflação, porém, vai continuar abaixo da meta do Fed. O que significa que acelerar o aumento de juros não é necessário porque a inflação não está pressionado", ressalta.

O grupo trabalha com dólar a R$ 3,40 até o final do ano, mas o cenário depende da aprovação das reformas no país. "A expectativa é que o dólar só fique lá em cima se o mercado perder as esperanças de que a reforma vai ser aprovada. Sem reforma, as contas públicas se deterioram, piorando as perspectivas para o Brasil", ressalta.

O Banco Central manteve a atuação no mercado cambial e vendeu 8.000 contratos de swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) com vencimento em junho. Até agora, já rolou US$ 2,8 bilhões dos US$ 4,435 bilhões que vencem no mês que vem.

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