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Com base frágil, PMDB busca apoio total de seus deputados à Previdência

DANIEL CARVALHO E LAÍS ALEGRETTI BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Partido do presidente Michel Temer, o PMDB dá os primeiros passos para determinar que seus 64 deputados votem a favor da reforma da Previdência no plenário da Câmara. Se ocorrer o chamado fecham

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.05.2017, 20:25:11 Editado em 10.05.2017, 20:25:13
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DANIEL CARVALHO E LAÍS ALEGRETTI

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Partido do presidente Michel Temer, o PMDB dá os primeiros passos para determinar que seus 64 deputados votem a favor da reforma da Previdência no plenário da Câmara. Se ocorrer o chamado fechamento de questão, os parlamentares que se posicionarem contra a decisão da maioria podem sofrer punições que chegam a expulsão do partido.

A proposta da nova Previdência foi aprovada por comissão especial da Câmara nesta quarta (10). O próximo passo é a votação, em dois turnos, no plenário da Casa -o que ainda não tem data para ocorrer. Se o texto for aprovado, segue para o Senado.

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Para aprovar a proposta em plenário o governo precisa ao menos 308 votos, o que ainda não tem. Nesta quinta (11), começam a ser divulgadas novas propagandas tanto para o público externo como para os deputados. Além disso, uma nova versão da cartilha que explica as alterações no texto está sendo fechada.

O líder da bancada do PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), tem cerca de 40 assinaturas a favor do fechamento de questão, de um total de 64 membros. O documento será entregue ao presidente da legenda, senador Romero Jucá (RR), na próxima semana.

Os peemedebistas não queriam oficializar o apoio a um texto polêmico sozinhos e esperavam estabelecer um "dia D" para que as principais legendas governistas -PSDB, DEM e PPS- anunciassem o apoio irrestrito à reforma previdenciária. Isso, no entanto, está longe de se tornar realidade, ao menos por enquanto.

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Mais da metade da bancada do PSDB -a segunda maior da Câmara, com 47 deputados- pretende votar contra a reforma da Previdência, de acordo com cálculos do próprio partido, feitos após reunião nesta quarta-feira. Os tucanos, portando, não cogitam fechar questão para apoiar o texto.

"O fechamento de questão tem consequências. Nós sequer discutimos sobre fechar questão nesse assunto", afirmou o líder Ricardo Tripoli (SP). "Se o PMDB quer fechar [questão], não é problema nosso."

O líder tucano evitou dizer quantos deputados são contra o texto e disse que haverá cerca de 30 dias para negociar a matéria. "O PSDB tem visão republicana", afirmou.

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O deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), que era membro da comissão especial e foi substituído porque avisou que votaria contra o texto, diz que o governo tem que reverter a opinião pública para conseguir aprovar o texto na Câmara.

"O governo está apostando no tudo ou nada e tem risco de ser nada", disse, sobre a votação no plenário da Casa.

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Outros parlamentares do PSDB relataram que poderiam mudar de posição e votar a favor do texto. Argumentam, contudo, que atrapalha a postura escancarada do Palácio de Planalto na troca de cargos e emendas por votos de deputados. Reclamam, ainda, de dificuldade de interlocução com o governo, já que há deputados que não conseguem ser recebidos por ministros. Outra queixa é em relação à pressão em redes sociais e nas ruas de eleitores contrários à nova Previdência.

Deputados do PSDB apontaram, ainda, que o ministro Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), não compareceu à reunião da bancada, mesmo tendo a função de articulador político do Palácio do Planalto.

As queixas dos tucanos já foram levadas ao presidente Michel Temer.

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Na bancada do DEM, importante partido da base, também não há uma definição sobre o fechamento de questão. O partido quer aguardar uma posição do PMDB antes de tomar qualquer decisão.

AGENTES PENITENCIÁRIOS

O líder do PMDB, Baleia Rossi (SP), e o presidente da comissão que aprovou a reforma da Previdência na Câmara, Carlos Marun (PMDB-MS), ainda vão conversar sobre a possibilidade de a legenda apresentar em plenário o destaque que equipara as regras de aposentadoria dos agentes penitenciários àquelas estabelecidas para os policiais federais e legislativos.

Marun defendeu que seu partido fosse o responsável pela apresentação da proposta de alteração do texto aprovado.

O governo, no entanto, que havia participado do acordo para que o destaque não fosse apreciado em plenário, começou a tirar o corpo fora depois que agentes penitenciários invadiram e depredaram a Câmara na semana passada, quando manifestantes obrigaram a interrupção dos trabalhos da comissão.

"Ninguém pode reivindicar qualquer coisa da forma como foi feito. No regime democrático, está estabelecido sempre o diálogo. Da maneira como aconteceu é autoritário e ninguém seguirá autoritarismo de ninguém", disse o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Integrantes de legendas governistas já se posicionaram contra a apresentação do destaque depois do ato de vandalismo. A oposição, no entanto, defende que a proposta seja apreciada.

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