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ATUALIZADA - Temer demite indicados de infiéis que votaram contra a reforma trabalhista

DANIEL CARVALHO E GUSTAVO URIBE BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Michel Temer cumpriu a promessa de punir deputados de sua base aliada que votaram contra a reforma trabalhista na semana passada. O "Diário Oficial da União" desta terça-feira (2) tr

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.05.2017, 13:10:11 Editado em 02.05.2017, 13:10:14
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DANIEL CARVALHO E GUSTAVO URIBE

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Michel Temer cumpriu a promessa de punir deputados de sua base aliada que votaram contra a reforma trabalhista na semana passada.

O "Diário Oficial da União" desta terça-feira (2) traz três exonerações de apadrinhados de PTB, Pros e PSD.

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Deley (PTB-RJ), Ronaldo Fonseca (Pros-DF) e Expedito Neto (PSD-RO) votaram "não" na noite do dia 26 de abril, quando o plenário da Câmara apreciou o texto-base da reforma trabalhista, que acabou aprovada por 296 votos a favor e 177 contrários.

Marcelo Xavier de Castro, indicação de Deley, foi exonerado do cargo de diretor de Finanças e Administração das INB (Indústrias Nucleares do Brasil S.A.).

José Ricardo Marques, apadrinhado por Ronaldo Fonseca, perdeu o cargo de diretor-geral do Arquivo Nacional do Ministério da Justiça.

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Já Luiz Fernando Martins, que havia sido indicado por Expedito Neto, foi exonerado do cargo de delegado da Delegacia Federal de Desenvolvimento Agrário no Estado de Rondônia.

Após a publicação desta reportagem, o gabinete de Expedito Neto informou que Martins foi nomeado em setembro do ano passado, mas nunca foi empossado, assumindo o cargo de secretário de Fazenda de Porto Velho no início deste ano.

"Estávamos cobrando do governo. O Palácio tem empurrado com a barriga desde setembro", disse Paulo Sérgio Ferreira, chefe de gabinete de Expedito Neto. "Deixamos de lado. Hoje [terça] que fomos ver que tinha a exoneração. Foi exonerado de quê?", questionou Ferreira.

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"O deputado não tem nenhum cargo no governo, então ele ficou muito à vontade de votar [contra a reforma trabalhista]. Não só por causa de um cargo, ele já tem essa opinião dele", afirmou o chefe de gabinete.

Houve outras exonerações oficializadas nesta terça em retaliação às traições de integrantes da base aliada.

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As demais demissões, no entanto, não foram publicadas no "Diário Oficial da União", mas em atos internos.

Um integrante do governo afirmou que o total de exonerações passa de 30 e que a maioria já ocorreu.

A ideia é que os cargos sejam entregues sobretudo a parlamentares do "baixo clero" que não tinham sido contemplados pelo presidente e que podem avolumar o placar da reforma da Previdência.

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O próprio presidente pretende se reunir pessoalmente com bancadas menores, como PSC e PRB, para conseguir mais votos favoráveis.

PREVIDÊNCIA

Nesta terça, a comissão especial que analisa a reforma da Previdência na Câmara se reúne para prosseguir as discussões do relatório do deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA).

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Há 16 oradores inscritos, além dos líderes partidários. Cada um tem direito a falar por até 15 minutos.

Como a Folha de S.Paulo mostrou na segunda-feira (1º), ciente de que não tem os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Câmara, o governo discute adiar a votação da proposta na comissão especial que trata do assunto, o que estava previsto para acontecer nesta quarta-feira (3).

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A ideia é que o colegiado só aprecie o texto na semana que vem ou até mesmo na seguinte.

O presidente Michel Temer recebeu ministros e parlamentares nesta segunda (1º) para discutir o andamento da nova Previdência. Pesquisa Datafolha indica que 71% dos brasileiros são contra a reforma.

Para tentar reverter a rejeição à reforma da Previdência, o governo vai distribuir a entidades críticas à proposta cartilha elaborada para deputados para "traduzir" as alterações feitas no texto original.

As cartilhas agora serão encaminhadas a entidades formadoras de opinião como OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), que já se posicionaram contra a reforma.

A publicação traz trechos do texto original enviado ao Congresso pelo governo no final do ano passado e indica as flexibilizações feitas pelo relator da proposta.

Já foram impressos mil exemplares e outros dois mil serão encomendados nesta terça.

As impressões serão pagas por partidos da base aliada, segundo o deputado Beto Mansur (PRB-SP), que não soube informar os custos da produção.

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