CAROLINA LINHARES
BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - Advogados e peritos de Minas Gerais também estão sem receber honorários relativos a processos cujos depósitos judiciais foram feitos antes de outubro de 2015. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) vai pedir ao Ministério Público Federal que apure se houve crime de responsabilidade por parte do governo de Minas.
No dia 19 deste mês, dirigentes da OAB-MG estiveram com o ministro do Supremo Alexandre de Moraes, relator do caso, pedindo que ele aponte quem deve arcar com os pagamentos, ainda que de maneira emergencial.
A entidade criou um canal de ouvidoria para que advogados registrem pagamentos pendentes - já são mais de 1.400, que somam mais de R$ 6,8 milhões.
O escritório dos peritos Sarah, 44, e Daniel Barbosa, 43, está faturando 60% menos e o casal teve que tomar empréstimos. "É angustiante", diz Sarah.
Para o advogado-geral do Estado de Minas, Onofre Batista, a situação chegou a um limite. "Como Minas pode assumir essa conta se, de repente, é dever do banco?" Batista cogita, porém, que o Estado cubra as verbas alimentares caso a decisão do STF demore.
O Banco do Brasil afirmou que a obrigatoriedade de recompor o fundo cabe ao Estado de Minas Gerais e que presta contas regularmente sobre a movimentação no fundo.
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