SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um grupo de 'black blocs' que se infiltrou na manifestação que ocorria nos arredores da casa de Michel Temer, em São Paulo, depredou o restaurante Senzala.
Segundo o maître Antônio Gomes, 54, os mascarados jogaram pedras e pedaços de pau enquanto clientes jantavam.
Varridas do chão, as armas improvisadas foram enfileiradas em cima de uma das mesas. Algumas pedras têm o tamanho de um tijolo, com cerca de 1 kg. Clientes ou fugiram sem pagar a conta ou se esconderam no banheiro, afirma Gomes.
O médico Nelson Nisenbaum, 56, e a professora Violeta Pascual, 61, estavam no ato e pararam para tomar um lanche. Comiam quando o ataque começou. Para Violeta, a ação foi "coisa de infiltrado" que quer desmoralizar um protesto de esquerda.
"Por que tampam a cara? É um truque pra falarem que nós todos somos gente vagabunda e arruaceira, como a direita gosta de dizer."
A depredação ocorreu por volta das 21h, quando a PM já havia dispersado a manifestação com bombas de efeito moral e cassetetes.
Uma hora antes, a reportagem escutou 'black blocs' planejando "destruir" o restaurante. Questionou por que e ouviu: "Tá de brincadeira? Olha esse nome, tia. Senzala é foda."
Um cliente disse que "estava inundado de polícia" na frente do local. "Mas eles não fizeram nada, nada, nada."
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