ANNA VIRGÍNIA BALLOUSSIER, ARTUR RODRIGUES, DHIEGO MAIA, CATIA SEABRA, EDUARDO GERAQUE, FERNANDA PERRIN, JOANA CUNHA, LUCAS VETORAZZO, LUIZA FRANCO, MAGÊ FLORES, MARTHA ALVES, NICOLA PAMPLONA, THAIS BILENKY
SÃO PAULO, SP, E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Confrontos e depredações, estradas e avenidas bloqueadas, além de dezenas de manifestantes detidos.
Esse foi o saldo dos protestos contra as reformas trabalhista e da Previdência no Rio de Janeiro e em São Paulo entre a tarde e a noite desta sexta-feira (28).
Os atos que começaram no início da tarde nas duas capitais fizeram parte da greve geral promovida por entidades sindicais e movimentos sociais em todo o país.
No Rio, manifestantes e policiais militares entraram em confronto, na região central da cidade. Mascarados atearam fogo em nove ônibus na região da Lapa. Eles usaram paus e pedras enquanto policiais respondiam com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.
Na região da Cinelândia, grupos que defendiam protesto pacífico bateram boca com manifestantes radicais, que faziam barricadas de fogo em latões de lixo. Enquanto discutiam, bombas voltaram a ser lançadas na praça.
Após serem dispersados, manifestantes que estavam em comício na Cinelândia começaram a depredar equipamentos públicos
Pelo menos duas pessoas que ficaram feridas durante os protestos foram levadas para o Hospital Souza Aguiar. Segundo a prefeitura, os ferimentos foram leves.
BLACK BLOCS
Em São Paulo, integrantes da Frente Povo Sem Medo iniciaram um protesto cujo ponto final seria a casa do presidente Michel Temer (PMDB), na região dos Jardins. Segundo a PM, o ato reuniu cerca de 3 mil pessoas. A Frente falava em 70 mil.
Na zona oeste, perto da casa do presidente Michel Temer, ativistas adeptos da tática black bloc -que defende a depredação da propriedade privada- destruíram fachadas de várias agências bancárias.
Pela manhã, houve bloqueio de rodovias e avenidas, que resultaram na prisão de ao menos 16 pessoas. Os serviços de ônibus, metrô e trens foram paralisados por grevistas. Parte do serviço voltou à tarde.
Outras cidades também registraram confrontos entre manifestantes e policiais durante a greve geral.
INVASÃO
Vagner Freitas, presidente da CUT, afirmou que a Polícia Militar invadiu o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
"A polícia do [governador de São Paulo], Geraldo Alckmin (PSDB) age como se estivéssemos na ditadura", diz Freitas.
Segundo o sindicato, cinco policiais militares espantaram trabalhadores que se manifestavam na porta do local e em seguida entraram na entidade armados para revistar "de forma truculenta e agressiva".
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