EDUARDO GERAQUE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Escolas particulares e públicas da capital paulista fecharam as portas nesta sexta-feira (28) em apoio à greve geral convocada pelas centrais sindicais. Colégios tradicionais, como Palmares, Santa Cruz, Sion, Santo Ivo e Equipe, não tiveram aula.
Na zona sul, Elvira Brandão, Nova Escola e Santa Maria também não abriram.
Professores do Equipe deram aulas abertas no largo Santa Cecília (região central de SP) para discutir temas como reforma da Previdência e educação.
Em uma delas, uma dupla de professores com violão discutiu os prós e contras da reforma que o governo Temer quer implementar. Para eles, uma das soluções seria a cobrança de pessoas jurídicas que devem para o governo.
O Santa Cruz debateu a adesão à greve. Professores defenderam o direito de parar e parte dos alunos divulgou uma carta rebatendo os docentes.
No ensino público, mesmo com o prefeito João Doria (PSDB) prometendo cortar o ponto dos grevistas, algumas escolas municipais não funcionaram, caso da Paulo Nogueira Filho, na zona norte.
O mesmo ocorreu na escola estadual Doutor Alarico Silveira, na região central, trancada na manhã desta sexta-feira.
SEM ESPAÇO PRA DEBATE
Já nas escolas em que os professores não aderiram à greve, o dia de trabalho sofreu alterações.
No Dante Alighieri, nos Jardins (zona oeste), onde pela manhã o movimento esteve abaixo do normal, muitos alunos deveriam faltar, segundo um pai que optou por não se identificar.
O Arquidiocesano e o Bandeirantes também funcionaram. Mas no segundo a não paralisação gerou polêmica.
Alunos que quiseram falar da greve tiveram que se reunir do lado de fora da escola, porque a direção informou que não cederia espaço para o debate. E os professores, por medo de represália, decidiram trabalhar.
Nas redes sociais, pais comemoravam a decisão da escola, negociada com todos.
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