SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Durante o protesto no Largo da Batata, em Pinheiros a linha dos discursos é reacender o movimento para antecipar eleições diretas para a Presidência.
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) afirmou que os dias de Temer "estão contados". "Hoje é o início da resistência", discursou
O vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) classificou o ato contra as reformas como "um dos maiores que já vi no Largo da Batata" desde as Diretas Já, apesar de o governo estar "tentando minimiza-lo".
"Se o governo Temer quiser pacificar a população", afirmou, lutará por eleições diretas não em 2018, mas já no outubro próximo.
No mesmo protesto, Guilherme Boulos, líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), ameaça ocupar o Congresso caso "eles não entendam o recado" e mantenham a proposta de reforma na pauta de votação.
"Se não entenderem o recado, vai ter convulsão social, vamos para Brasília, ocupar o Congresso Nacional, vamos cair para dentro... Porque terra improdutiva tem que ter fim social", prometeu Boulos.
RIO
No Rio, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que a "articulação é ampla" para apresentar no Senado um projeto que antecipa as eleições em um ano, para outubro de 2017.
O PT, segundo ele, pode não ser o autor do projeto.
Para Lindbergh, a base governista está percebendo "como está difícil" a situação de Michel Temer, que voltou a definir como "um bosta" e "um manipulado", como dissera antes em discurso no carro de som.
Temer, portanto, pode esperar traições. A ideia é costurar "um acordo mais amplo para a saída da crise no país".
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