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Procure emprego como se não precisasse, diz 2º mais rico do mundo

ISABEL FLECK, ENVIADA ESPECIAL BOSTON, EUA (FOLHAPRESS) - O que esperar quando o segundo homem mais rico do mundo e o homem mais rico do Brasil se sentam à sua frente? Para estudantes brasileiros que organizaram e participaram da Brazil Conference, na Uni

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 11.04.2017, 12:05:09 Editado em 11.04.2017, 12:05:11
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ISABEL FLECK, ENVIADA ESPECIAL

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BOSTON, EUA (FOLHAPRESS) - O que esperar quando o segundo homem mais rico do mundo e o homem mais rico do Brasil se sentam à sua frente? Para estudantes brasileiros que organizaram e participaram da Brazil Conference, na Universidade Harvard, no último fim de semana, os donos de fortunas que, juntas, somam quase US$ 105 bilhões, trouxeram conselhos sobre sucesso nos negócios e na vida.

Numa conversa descontraída, o investidor americano Warren Buffett, 86, que tem patrimônio estimado em US$ 75,6 bilhões, e o brasileiro Jorge Paulo Lemann, 77, um dos donos da AB Inbev, com fortuna de US$ 29,2 bilhões, percorreram temas que vão da ética no trabalho à defesa do livre comércio. Mas falaram, sobretudo, aos jovens.

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"O que o Brasil precisa, no momento, são boas pessoas", disse Lemann, em um auditório lotado na Harvard Business School, em Boston, na noite do último sábado (8). "Vocês podem transformar o Brasil, e eu espero muito por isso."

Lemann usou o exemplo de Buffett para aconselhar os estudantes de que é "difícil ser um bom líder sozinho". "Warren, por exemplo, tem uma equipe em que ele confia muito", disse.

O segundo homem mais rico do mundo -atrás apenas do fundador da Microsoft, Bill Gates-, por sua vez, orientou os jovens a "descobrir seus talentos" e encontrar os lugares onde esses talentos serão "apreciados". "E esteja rodeado de pessoas que são melhores que você", afirmou Buffett, para quem também "é importante se casar bem com alguém".

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"Eu sempre digo aos estudantes: procure o emprego que você teria se você não precisasse ter um emprego", disse à plateia em êxtase. Em outro momento, disse que "você pode até gostar de dinheiro", mas que, "no fim, precisa amar o seu negócio para ter sucesso".

Lemann, que conheceu Buffett no fim dos anos 1990, quando fizeram parte do conselho da Gillette, lembrou de uma conversa que teve com o americano em 1998, quando estava querendo vender o Banco de Investimentos Garantia.

Na época, Buffett perguntou se o brasileiro estava feliz com a decisão, e Lemann respondeu que seu objetivo no futuro não era tocar um negócio como o Goldman Sachs, mas se espelhar no americano.

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Segundo Lemann, ele teria dito a Buffett que o bilionário americano "tem melhor controle do seu tempo, um melhor senso de humor e mais dinheiro".

A parceria dos dois só teria início em 2013, no entanto, quando o fundo 3G Capital, de Lemann, se uniu a Buffett para adquirir a americana Heinz, em um negócio avaliado em US$ 28 bilhões.

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Em 2014, o americano ajudou a financiar a compra da cadeia canadense de cafés Tim Hortons pela rede de fast food Burger King, que pertence ao 3G Capital. No ano seguinte, os brasileiros do 3G se juntaram a Buffett para assumir a Kraft Foods, numa operação avaliada em US$ 40 bilhões.

LIVRE COMERCIO E CERVEJA

Como esperado, os dois defenderam o livre comércio frente ao protecionismo, mas sem citar diretamente o presidente americano, Donald Trump.

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"O livre comércio é essencialmente um sistema de mercado para o mundo", disse Buffett, destacando que o livre comércio "ajuda milhões de americanos".

Lemann concordou: "Sou totalmente a favor do livre comércio e da globalização. Se olharmos para a história, os países que se engajaram no comércio se beneficiaram enormemente", afirmou.

O brasileiro disse ainda que os EUA são um lugar "maravilhoso" para os negócios, mas que há outras oportunidades, como no setor de cervejas.

Segundo Lemann, os países africanos, por exemplo, podem se tornar um mercado maior para o produto que o americano.

"A venda de cerveja não está crescendo nos EUA ou na Europa e a gente precisa olhar para novos lugares, para a Ásia e para a África", disse. "A África terá dois bilhões de pessoas em 30 anos. O potencial é enorme. A África, daqui a 30 anos, pode ser maior que os Estados Unidos em termos de consumo de cerveja."

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