ANGELA BOLDRINI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizarão novos atos contra a reforma da Previdência, a terceirização e o governo do presidente Michel Temer (PMDB) nesta sexta-feira (31).
Os atos acontecerão em diversas capitais do país, mas devem ter dimensão menor do que os realizados no dia 15 de março, quando houve paralisações e grande mobilização das centrais sindicais, que atraíram milhares à avenida Paulista, em São Paulo.
Desta vez, na capital paulista a manifestação começará também na avenida e seguirá até a Praça da República, no centro. O objetivo é unir-se à assembleia de professores marcada para ocorrer no local. Servidores municipais que se reunirão próximo à sede da Prefeitura, no Viaduto do Chá, também devem se unir à mobilização.
Além de São Paulo, devem ocorrer protestos no Rio de Janeiro (16h, na Candelária), Belo Horizonte (16h, em frente à Assembleia Legislativa) e Curitiba (18h, na praça Carlos Gomes), entre outras cidades.
"O ato foi motivado pelo crescimento da indignação com a proposta de desmonte da aposentadoria e com a aprovação sorrateira do PL da terceirização", afirma o coordenador da Frente Povo Sem Medo e do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) Guilherme Boulos.
Os movimentos afirmam esperar cerca de 50 mil pessoas no protesto de São Paulo. O número é bastante inferior ao estimado por eles na manifestação de 15 de março, que contou com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele não deve comparecer nesta sexta-feira.
Segundo organizadores, o ato desta sexta-feira (31) é um "ensaio" para as mobilizações previstas para 28 de abril, quando novas paralisações de serviços devem ocorrer.
Movimentos chegaram a aventar a possibilidade de não participar da manifestação para concentrar esforços em abril, mas decidiram mantê-la após a aprovação da terceirização, que "esquentou" a pauta.
Embora espere menor presença, o coordenador da CMP (Central de Movimentos Populares) e da Frente Brasil Popular, Raimundo Bonfim, afirma acreditar que a manifestação superará em número a organizada por movimentos que lideraram os protestos pró-impeachment em 2016 no domingo (26), que atraiu público acanhado. "Eles estão desmoralizados", afirmou.
As manifestações do meio de março foram a primeira ação unificada das duas frentes em 2017, que estiveram na linha de frente dos protestos contra a saída da presidente Dilma Rousseff em 2016. Além de São Paulo, manifestações ocorreram em diversas capitais, como Rio de Janeiro, Curitiba e Recife.
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