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Geração valoriza maior flexibilidade no emprego

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os jovens profissionais brasileiros passaram a buscar maior estabilidade em suas carreiras, mas continuam a valorizar acordos flexíveis de trabalho, como a possibilidade de cumprir parte da jornada fora do escritório. Segundo

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.03.2017, 06:35:00 Editado em 27.03.2017, 13:31:44
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os jovens profissionais brasileiros passaram a buscar maior estabilidade em suas carreiras, mas continuam a valorizar acordos flexíveis de trabalho, como a possibilidade de cumprir parte da jornada fora do escritório.

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Segundo pesquisa da Deloitte, entre os brasileiros da geração do milênio (nascidos entre 1982 e 1998) que dizem ter alto grau de flexibilidade, 88% creem que isso os torna mais engajados às empresas.

Uma fatia parecida (89% dos que se encontram nessa situação) afirma que benefícios desse tipo aumentam sua eficiência.

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Horário flexível e a chance de trabalhar parte do tempo de casa apareceram no topo da lista dos benefícios mais valorizados pelos brasileiros, segundo uma enquete recente da consultoria GPTW (Great Place to Work).

Dos 1.127 trabalhadores ouvidos, 23% citaram esse tipo de arranjo como o fator que mais aumenta a atratividade de uma vaga. Bolsas de estudo apareceram depois, mencionadas por 17% do total.

E, em terceiro, sextas-feiras mais curtas (elencadas por 14% dos entrevistados), que, normalmente, são compensadas por jornadas mais longas nos outros dias.

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"Embora não tenha usado isso como critério para buscar trabalho, eu valorizo muito a flexibilidade", diz o administrador Vinicius Simas.

Segundo ele, na empresa onde trabalha atualmente, a Westcon Brasil, seu computador é um notebook.

"Preciso entregar relatórios na parte da manhã que posso fazer de casa na noite anterior e, com isso, não tenho de acordar tão cedo."

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Para Renata Muramoto, sócia da Deloitte Brasil, os jovens da geração do milênio se tornaram "menos românticos", mas continuam buscando maior autonomia.

"O profissional que está na sua frente das 8h às 17h não é necessariamente o que vai dar mais frutos."

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Segundo especialistas, o uso da tecnologia continuará tendo impacto crescente na forma como os trabalhos são organizados.

"Isso não vai deixar de ser uma aspiração dos mais jovens. A tecnologia muda o conceito de qualidade de vida", afirma Daniela Diniz, diretora da GPTW.

Para ela, o maior conservadorismo da geração do milênio --que tem apostado mais em oportunidades dentro de suas próprias empresas-- é também um reflexo do seu envelhecimento.

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"A impaciência, a inquietude e a insegurança eram traços muito citados sobre essa geração que tinham muito a ver com sua juventude."

Por isso, ela ressalta que é importante que as empresas separem modismos de tendências reais, entre as demandas de seus funcionários mais jovens.

Além de continuar almejando flexibilidade, a chamada geração Y mantém outros valores identificados em perfis traçados nos últimos anos. No Brasil, a fatia dos jovens profissionais que dizem valorizar, por exemplo, empresas que tenham impacto social positivo passou de 67%, em 2014, para 78% agora, segundo a Deloitte.

Embora pareçam mais preocupados com o impacto da crise sobre suas chances de carreira, os brasileiros estão mais otimistas com o futuro.

Entre os profissionais de 19 a 35 anos empregados no mercado formal, 80% afirmaram esperar uma melhora da situação econômica em 2017. No ano anterior, eram 59%. No cenário global, o aumento de otimismo foi mais tímido (41% para 45%).

"Eventos recentes como o "brexit" [saída do Reino Unido da União Europeia] e a eleição de Donald Trump nos EUA criaram receio grande sobre o futuro da globalização", diz Muramoto, da Deloitte.

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