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Jovens da geração Y buscam estabilidade no trabalho, aponta estudo

Conhecidos pela inquietude, os jovens da geração do milênio (nascidos entre 1982 e 1998) com trabalho com carteira e alta escolaridade estão tendo a sua confiança minada pela combinação entre recessão, corrupção e violência.Essa tendência, mais marcante n

Da Redação

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Vagas foram divulgadas na segunda-feira (08). Foto: reprodução/arquivo
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Vagas foram divulgadas na segunda-feira (08). Foto: reprodução/arquivo
Escrito por Da Redação
Publicado em 27.03.2017, 06:10:00 Editado em 27.03.2017, 13:31:44
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Conhecidos pela inquietude, os jovens da geração do milênio (nascidos entre 1982 e 1998) com trabalho com carteira e alta escolaridade estão tendo a sua confiança minada pela combinação entre recessão, corrupção e violência.

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Essa tendência, mais marcante no Brasil, é indicada por uma queda brusca na fatia dos profissionais com esse perfil que deseja mudar de emprego rapidamente.

No fim de 2015, 48% dos jovens brasileiros de 19 a 35 anos --também chamados de geração Y-- esperavam trocar de trabalho em, no máximo, dois anos. No fim de 2016, essa parcela recuou para 34%.

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Embora menos radical, o movimento também foi percebido no mundo como um todo, onde esse percentual caiu de 44% para 39%.

Os dados fazem parte de pesquisas da consultoria Deloitte que analisam o perfil dessa geração há seis anos. A pesquisa mais recente ouviu quase 8.000 jovens em 30 países, 300 deles no Brasil.

Os participantes são profissionais com, ao menos, ensino superior completo e que, em sua maioria, trabalham para empresas de maior porte (mais de cem funcionários).

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"Parece que os choques que essa geração viveu recentemente geraram uma busca por mais estabilidade", afirma Renata Muramoto, sócia da Deloitte Brasil.

Crime, desemprego e corrupção foram elencados, nessa ordem, como principais preocupações dos jovens brasileiros de 19 a 35 anos entrevistados. Em países desenvolvidos, terrorismo e tensões políticas ocuparam o topo da lista (desemprego apareceu em quarto lugar).

Segundo Muramoto, as preocupações diferentes indicam que a recessão que o Brasil atravessa desde 2014 pode ter contribuído para uma tendência mais marcante de busca de estabilidade entre os jovens do país.

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Foi o que aconteceu com o administrador de empresas Vinicius Simas, 24, que afirma que a crise econômica o levou a mudar de atitude.

"Eu troquei de emprego quatro vezes e, de repente, comecei a sentir que precisava adquirir independência financeira dos meus pais em plena crise", diz.

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Sua intenção agora é continuar investindo na carreira, mas na própria empresa onde está empregado, a multinacional do setor de tecnologia Westcon Brasil.

Para Daniela Diniz, diretora de conteúdo e eventos da consultoria GPTW (Great Place to Work), os jovens profissionais brasileiros estão se tornando mais realistas.

"Eles estão vivendo o primeiro grande choque de suas vidas. É normal que busquem mais segurança."

Segundo ela, enquetes que a GPTW faz em seu portal revelam que os profissionais brasileiros têm dado preferência a se manter no mesmo emprego e ser promovidos.

Os jovens de até 34 anos representam 62% dos funcionários das 150 melhores empresas para trabalhar no Brasil (são mapeadas em uma pesquisa anual da GPTW).

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