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Estados Unidos aumentam fiscalização sobre carne brasileira

ISABEL FLECK WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - O governo americano aumentou a fiscalização sobre a carne do Brasil que chega aos Estados Unidos após a revelação de um esquema de corrupção na fiscalização de frigoríficos no país. A carne, que já passava por

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.03.2017, 20:17:00 Editado em 20.03.2017, 20:20:09
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ISABEL FLECK

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WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - O governo americano aumentou a fiscalização sobre a carne do Brasil que chega aos Estados Unidos após a revelação de um esquema de corrupção na fiscalização de frigoríficos no país.

A carne, que já passava por um processo de reinspeção pelo Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar (FSIS, na sigla em inglês), do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), ao chegar ao território americano, para verificar a condição, a aparência e a rotulagem, passará agora por "exames extras", segundo o governo.

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Além disso, todas as peças serão analisadas para verificar a possível presença de agentes patogênicos, como a salmonela. No procedimento padrão, esse tipo de exame não é aplicado para toda a carga.

"É nossa missão manter seguro o suprimento de alimentos para as famílias americanas e o FSIS instituiu o teste patogênico para todos os carregamentos de carne in natura e de produtos prontos do Brasil, assim como aumentou a inspeção de todos esses produtos", disse um porta-voz do USDA à reportagem.

O principal impacto é que a carne brasileira pode demorar mais a chegar para o consumidor americano, mas, por enquanto, não há planos de suspender temporariamente a importação, como fizeram União Europeia, China, Chile e Coreia do Sul.

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Em um evento no Congresso americano nesta segunda-feira (20), o diretor de Assuntos Corporativos da JBS USA, Cameron Bruett, disse não estar preocupado com o impacto do escândalo para a empresa.

"Eu não estou preocupado com a JBS. Estamos completamente confiantes na segurança de nossos alimentos e no nosso sistema de controle de produtos", afirmou. "Nenhuma das nossas unidades foi fechada, não fomos acusados de nada como carne contaminada ou produto vencido ou de nenhum tipo de acusação que vocês viram reportadas de forma falsa pela imprensa", completou.

Segundo Bruett, a JBS está esperançosa que a reação nos mercados internacionais será "muito modesta". "O Brasil tem algo entre 4.700 e 5.000 frigoríficos inspecionados pelo governo federal e estamos olhando para uma operação de dois anos que resultou na investigação de 21 plantas. Só seis dessas plantas acredito que exportaram produtos nos últimos 60 dias", disse.

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O representante da JBS, contudo, disse que é preciso que o governo brasileiro reforce perante seus parceiros comerciais que o sistema de inspeção no Brasil é "robusto".

"Estamos bem confiantes que na próxima semana ou nas próximas duas semanas, a situação vai ser mais bem entendida pelo público consumidor", disse.

O escândalo vem meses depois de o Brasil voltar a exportar carne bovina in natura para o país -segundo a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), foram 846 toneladas vendidas para os EUA em 2016. As exportações de carne bovina processada ultrapassaram 31,6 mil toneladas.

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