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Governo quer atrair investidores estrangeiros para mercado de refino de petróleo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo federal vai criar regras com o objetivo de atrair investidores estrangeiros para o mercado de refino de petróleo -hoje controlado quase exclusivamente pela Petrobras. A Refinaria Abreu e Lima, que opera com metade da

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.02.2017, 10:28:25 Editado em 26.02.2017, 10:30:08
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo federal vai criar regras com o objetivo de atrair investidores estrangeiros para o mercado de refino de petróleo -hoje controlado quase exclusivamente pela Petrobras. A Refinaria Abreu e Lima, que opera com metade da sua capacidade em Pernambuco, será aberta a parcerias privadas. A reorganização do setor vai ser definida pelo programa Combustível Brasil, lançado na última segunda (20) pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho, na sede da Fiepe (Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco), no Recife. As informações são da Agência Brasil.

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O programa vai ouvir o setor privado, as refinarias já existentes, órgãos públicos e a Petrobras para estabelecer uma nova regulamentação do setor de modo a atrair investidores estrangeiros, desenvolver regras de acesso, melhorar infraestruturas portuárias e terminais de abastecimento de combustíveis e atuar na precificação (determinação do preço) dos ativos para garantir investimentos de longo prazo. A ideia é que o mercado tenha um papel maior na regulação do setor, de acordo com o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix.

De acordo com o secretário, desde a Lei 9.478/1997, que quebrou o monopólio da Petrobras na área, já era permitida a entrada de estrangeiros no refino, mas 20 anos depois mais de 95% do setor ainda está nas mãos da estatal. Para o gestor, é preciso remodelar o setor para aproveitar os potenciais brasileiros -quinto maior mercado de derivados do petróleo e de localização distante dos polos de produção, o que tornaria o país um local atrativo para implantação de novas refinarias privadas. “Hoje a gente está em uma situação diferente, em que a Petrobras está procurando atingir metas de desalavancagem, ter uma saúde financeira mais adequada. Tem um deficit de refino que há muito tempo não acontece e esse déficit tem que ser suprido. A gente tem que ter regras claras, robustas, que deem conforto para os investidores. Seja estatal, privado, os investidores vão vir”, afirma Félix.

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Em entrevista à imprensa antes do evento, o ministro Fernando Bezerra Filho disse que cabe à Petrobras decidir sobre a redução da participação no mercado de refino. “Quem vai decidir se vai diminuir a participação é a própria Petrobras, agora o Brasil hoje tem já uma necessidade de refino de óleo. A Petrobras tem tomado algumas decisões de desinvestimento, não sei se é o caso do refino, mas o fato é que o Brasil já é o quinto maior produtor de derivados de petróleo do mundo e a expectativa é que isso possa aumentar com o crescimento da economia.”

CONSULTA PÚBLICA

Para fazer a reorganização do mercado, o governo vai ouvir o setor em um workshop (seminário, grupo de discussão) que será realizado no Rio de Janeiro nos dias 7 e 8 de março, na sede da ANP. As propostas que resultarem do encontro serão levadas a consulta pública, disponibilizada no site do Ministério de Minas e Energia entre 20 de março e 20 de abril.

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Um novo workshop será realizado no dia 3 de maio para aprovação do relatório final, na sede do ministério, em Brasília, e o projeto será levado à apreciação do Conselho Nacional de Política Energética no dia 8 de junho, de acordo com o planejamento apresentado.

CONCENTRAÇÃO

O mercado de distribuição de combustíveis no Brasil é dividido basicamente entre quatro grandes corporações, incluindo a Petrobras -28,6% do bolo é da BR Distribuidora, braço da estatal na área de logística. Ipiranga, com 20,6% do total, e Raízen, com 19,3%, têm as maiores fatias no setor privado. A Ale fica com 4,7% e mais 100 distribuidoras, aproximadamente, respondem por 26,8% do fornecimento. A desconcentração do setor foi alvo de perguntas na apresentação. Márcio Félix disse que esses questionamentos podem ser levados ao workshop do Rio de Janeiro. “Não vai ter assunto proibido.”

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