MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Dólar cai para R$ 3,05 e volta ao preço de 2015; Bolsa também recua

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Juros em queda no Brasil e mais distantes de uma alta nos Estados Unidos fizeram o dólar recuar para R$ 3,05 nesta quinta-feira, acompanhando o movimento visto no cenário externo. A moeda americana se desvalorizou ante 22 moed

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 23.02.2017, 19:13:19 Editado em 23.02.2017, 19:15:13
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Juros em queda no Brasil e mais distantes de uma alta nos Estados Unidos fizeram o dólar recuar para R$ 3,05 nesta quinta-feira, acompanhando o movimento visto no cenário externo. A moeda americana se desvalorizou ante 22 moedas emergentes.

continua após publicidade

Já a Bolsa brasileira foi afetada pelos resultados das companhias e passou por mais um dia de baixas. No exterior, não havia tendência definida para as Bolsas mundiais.

O dólar comercial (usado em operações de comércio exterior) terminou o dia em baixa de 0,42%, a R$ 3,0580, enquanto a cotação à vista (referência para o mercado financeiro) recuou 0,53%, para R$ 3,0645. Esse é o menor patamar de fechamento desde junho de 2015, quando a crise econômica brasileira ainda não havia adquirido dimensões graves e o Brasil mantinha o selo de bom pagador, concedido pelas agências de classificação de risco.

continua após publicidade

Nesta quarta-feira, o Copom (Comitê de Política Monetária) cortou os juros brasileiros de 13% para 12,25% ao ano, a segunda redução de 0,75 pontos percentuais. A medida era amplamente esperada pelo mercado.

Também nesta quarta, a ata do último encontro do Federal Reserve (banco central americano) mostrou que muitos membros do colegiado disseram ser apropriado aumentar os juros "em breve", caso os dados de emprego e inflação estejam alinhados com as expectativas. O Fed se reúne novamente para tratar de política monetária nos dias 14 e 15 de março.

Entre os membros com direito a voto, no entanto, havia muito menos urgência de aumentar as taxas, com muitos vendo apenas "risco modesto" de que a inflação aumentaria significativamente e que o Fed "provavelmente teria tempo suficiente" para responder se surgissem pressões sobre os preços.

continua após publicidade

Dessa forma, os investidores ganharam tempo para deixar seus recursos aplicados em países de maior risco, como é o Brasil. outras praças, como a brasileira. Juros maiores pelo Fed têm potencial para atrair recursos à maior economia do mundo.

O CDS (Credit Default Swap, uma espécie de seguro contra calotes) do Brasil recuou 1,81%, para 220,241 pontos.

BOLSA EM QUEDA

continua após publicidade

A Bolsa brasileira, que começou a semana superando os 69 mil pontos, experimentou mais um dia de queda. O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, recuou 1,64%, para 67.461 pontos.

O desempenho negativo veio do resultado decepcionante das companhias listadas, mas acabou contaminando todos os segmentos.

continua após publicidade

A Vale reverteu prejuízo registrado em 2015 e terminou 2016 com lucro de R$ 13 bilhões. Sua produção de minério de ferro bateu recorde e, com a recuperação dos preços da commodity no mercado internacional, a empresa registrou crescimento nas receitas.

No começo da manhã, a recepção dos números da companhia havia sido positiva, e as ações chegaram a registrar ganhos. No começo da tarde, no entanto, a direção se inverteu e os papéis recuaram mais de 4%.

As ações preferenciais caíram 4,15%, para R$ 31,65, enquanto as ordinárias caíram 4,38%, para R$ 33,17. Com a baixa de hoje, os papéis devolveram os ganhos registrados na segunda-feira, quando a companhia anunciou plano de pulverização de controle.

continua após publicidade

A Petrobras ignorou os sinais positivos do mercado de petróleo e também teve um dia negativo. As ações preferenciais recuaram 0,89%, a R$ 15,56. Os papéis ordinários cederam 0,72%, para R$ 16,48. O barril de petróleo tipo brent avançava 1,13%, para US$ 56,47.

As ações do setor financeiro também foram um destaque negativo. O quatro grandes bancos com capital aberto (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil) experimentaram perdas acima de 1% nesta quinta.

Por fim, as ações da Natura cederam 6,17%, para R$ 25,11 com o resultado. A empresa apurou lucro líquido consolidado de R$ 201,8 milhões no quarto trimestre, 38,8% ante igual período de 2015, enquanto a receita caiu 1,6% por cento na mesma base, para R$ 2,29 bilhões.

Em comentário a clientes divulgado após a teleconferência, analistas do Credit Suisse disseram sentir falta de detalhes sobre os esforços da Natura para melhorar o canal direto de vendas e que o desempenho da empresa têm sido muito inconsistente nos últimos tempos.

JUROS

Com a sinalização do Copom de que, daqui para frente, a Selic deve cair de forma mais acelerada, os contratos de juros futuros negociados na BM&FBovespa tiveram forte queda nesta quinta.

O vencimento janeiro 2018 recuou de 10,465% para 10,335%. O contrato para janeiro de 2021 caiu de 10,180% para 10,040%.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Dólar cai para R$ 3,05 e volta ao preço de 2015; Bolsa também recua"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!