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'Não queremos medidas populistas, mas populares', disse Temer

GUSTAVO URIBE BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Em uma crítica indireta à sua antecessora Dilma Rousseff, o presidente Michel Temer disse nesta terça-feira (21) que o governo federal não pretende adotar "medidas populistas" que tenham resultados imediatos. No

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.02.2017, 14:36:48 Editado em 21.02.2017, 14:40:08
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GUSTAVO URIBE

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Em uma crítica indireta à sua antecessora Dilma Rousseff, o presidente Michel Temer disse nesta terça-feira (21) que o governo federal não pretende adotar "medidas populistas" que tenham resultados imediatos.

No encontro com a comissão especial da reforma previdenciária, realizado no Palácio do Planalto, ele ressaltou que o objetivo é implementar matérias populares que possam ser reconhecidas mais tarde.

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A declaração foi feita quando o presidente citava a redução da taxa de juros no país, que, segundo ele, tem apresentado um movimento de queda responsável.

Com baixa aprovação popular, o peemedebista tem estudado um novo pacote de medidas econômicas que ajude a melhorar a avaliação do governo federal ainda no primeiro semestre deste ano.

Elas incluem, por exemplo, reajuste do Bolsa Família e ampliação da faixa salarial de isenção de Imposto de Renda. As iniciativas enfrentam, contudo, resistência na equipe econômica.

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"Ninguém está fazendo nenhum movimento populista dos juros, mas populares. As medidas populistas querem resultados imediatos e queremos matérias populares que possam ser reconhecidas mais tarde", disse.

Em discurso, ele reconheceu que a reforma trabalhista é uma matéria que gera "inúmeras discussões", mas que é necessário "arrumar a casa" para que não ocorra um "desastre no setor previdenciário" no futuro.

Ele criticou a presença no debate sobre a aposentadoria do que chamou de dados "equivocados" e "não verdadeiros" sobre as mudanças no pagamento das aposentadorias, como a exigência de que se contribua 49 anos para se aposentar.

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"Se fizer 25 anos de contribuição e 65 anos de idade, você parte de 76% da aposentadoria. Se começou com 20 anos e contribuiu 45 anos, tem 96% da aposentadoria", disse.

Segundo ele, se não for feita a reforma previdenciária, programas sociais como Fies, Minha Casa, Minha Vida e Bolsa Família não terão condições de serem mantidos no futuro.

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O peemedebista ressaltou ainda que não acredita que a reforma trabalhista enfrentará dificuldades para ser aprovada no Congresso Nacional até o final deste semestre.

"Eu penso que até no tópico da modernização trabalhista será razoavelmente fácil ou menos dificultoso a sua aprovação pelo Congresso Nacional", disse.

Em discurso, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o Brasil "se cansou de medidas precipitadas" e que, segundo ele, apresentam recuos. "As medidas de agora estão aqui para ficar", disse.

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RIO

O presidente elogiou a aprovação pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro de projeto de lei que permite a privatização da Cedae (Companhia Estadual e Água e Esgoto).

Segundo ele, a iniciativa "entusiasma" e "serve de exemplo" para que o Congresso Nacional aprove o programa de recuperação fiscal para o Rio de Janeiro, que prevê medidas que totalizam R$ 62,4 bilhões para cobrir o rombo nas contas estaduais.

A aprovação da privatização desencadeou manifestação no centro da capital fluminense na segunda-feira (20), na qual vinte manifestantes acabaram detidos pela polícia militar.

"A Assembleia Legislativa permitiu a venda da Cedae, o que nos entusiasma na área federal a tentar aprovar um projeto que chegará ao Congresso Nacional. Só poderemos auxiliar as unidades federativas com as contrapartidas", disse.

O rombo nas contas estaduais é estimado em R$ 26 bilhões para este ano. O pacote de socorro financeiro prevê um aumento de impostos de R$ 1,2 bilhão, corte de despesas da ordem de R$ 9 bilhões e ganhos de R$ 3,2 bilhões com o aumento da contribuição previdenciária.

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