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Bolsa sobe 1,79% e fecha em alta pelo 4º dia

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Bolsa brasileira marcou sua quarta alta seguida nesta sexta-feira (10), impulsionada pela forte valorização dos papéis da Vale e da Petrobras e apesar de a agência de classificação de risco Standard & Poor's ter mantido a no

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.02.2017, 19:59:04 Editado em 10.02.2017, 20:00:09
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Bolsa brasileira marcou sua quarta alta seguida nesta sexta-feira (10), impulsionada pela forte valorização dos papéis da Vale e da Petrobras e apesar de a agência de classificação de risco Standard & Poor's ter mantido a nota de crédito do país com perspectiva negativa. O dólar somou a oitava semana seguida de desvalorização em relação ao real.

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O Ibovespa subiu 1,79%, para 66.124 pontos. O volume financeiro negociado no pregão foi de R$ 8,87 bilhões, acima da média diária do ano, que é de R$ 7 bilhões

A decisão da agência de risco S&P de manter a nota de crédito do país com perspectiva negativa não teve reflexos sobre o Ibovespa. Para Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos, a manutenção era esperada. "A elevação do rating do país demora mais porque as reformas ainda têm que ser aprovadas e a economia do país precisa entrar em trajetória de melhora, enquanto continua piorando. Um upgrade não é esperado tão cedo", diz.

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A maior contribuição para a alta da Bolsa nesta sexta veio dos papéis da mineradora Vale, que subiram mais de 5% acompanhando a alta dos preços do minério de ferro no exterior. As ações preferenciais da mineradora dispararam 6,55%, para R$ 31,23. As ações ordinárias tiveram alta de 5,53%, para R$ 32,80. No ano, os papéis acumulam ganho de 33,8% e de 27,7%, respectivamente.

As ações da Petrobras fecharam com valorização acima de 2%, impulsionadas pelo aumento do preço do petróleo no exterior e após a agência S&P elevar a nota de crédito da empresa de B+ para BB-. Com a elevação, a Petrobras tende a pagar taxas menores quando tomar empréstimos com o mercado financeiro.

"A Petrobras tem melhorado bastante sua alavancagem financeira. A decisão é um crédito que a S&P está colocando no plano de venda de ativos, que é uma forma de melhorar a capacidade de pagamento da dívida", diz Pereira, da Guide.

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As ações preferenciais da estatal subiram 3,52%, para R$ 15,58, e as ordinárias fecharam o dia com alta de 2,44%, para R$ 16,35.

No setor financeiro, os bancos fecharam em alta nesta sexta. Os papéis do Itaú Unibanco subiram 0,33%. Bradesco PN avançou 1,5%, enquanto as ações ON tiveram valorização de 0,35%. Os papéis do Banco do Brasil avançaram 1,83%, e as units -conjunto de ações- do Santander Brasil fecharam com ganho de 5,8%.

"A semana termina razoavelmente bem, com o mercado batendo 66 mil pontos. Acho que a tendência primária é de alta, embora a gente vá conviver com volatilidade por causa do cenário político e também instabilidades na França e na Alemanha", avalia Álvaro Bandeira, economista-chefe do home broker Modalmais.

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DÓLAR

O dólar fechou em baixa em relação ao real pela oitava semana seguida, refletindo a entrada de recursos captados por empresas brasileiras no exterior.

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O dólar à vista teve queda de 0,47%, para R$ 3,112. O dólar comercial recuou 0,67%, para R$ 3,110. No ano, o dólar já recua 4,4%.

"Essas empresas que captaram geram algum interesse, porque são sólidas, estão há um tempo no mercado e o investidor externo fica tranquilo para assumir o risco. O mercado opera nessa expectativa de mais ingresso de recursos. O dólar que entra no país derruba qualquer pressão compradora, e a gente tem visto isso diariamente", afirma Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

Segundo ele, o atual patamar do dólar entre R$ 3,10 e R$ 3,20 deve fazer com que o BC decida não rolar os contratos de swaps cambiais -equivalentes à venda de dólares no mercado futuro- que vencem em março. "São US$ 7 bilhões a menos de exposição cambial futura do BC, e o Banco Central já indicou que tem interesse em zerar essa exposição", afirma.

No mercado de juros futuros, as taxas recuaram, refletindo a menor percepção de risco do país. O DI com vencimento em abril de 2017, o mais negociado no mercado, recuou de 12,319% para 12,304%. O contrato com vencimento em janeiro de 2018 caiu de 10,715% para 10,665%. O contrato para janeiro de 2021 caiu de 10,310% para 10,280%.

O CDS (credit default swap) de cinco anos brasileiro, espécie de seguro contra calote e termômetro de risco, caiu 2,55%, para 228,190 pontos. É o menor patamar desde 25 de maio de 2015.

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