SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os fabricantes de veículos automotores começaram 2017 com uma queda nas vendas de veículos de 5,2% em janeiro em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados da Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores) foram divulgados nesta segunda-feira (6) e frustaram o setor. As informações são da Agência Brasil. O número de janeiro frustrou as nossas expectativas. Claro que tem a questão da sazonalidade, mas esperávamos chegar, pelo menos, no mesmo nível de janeiro de 2016, disse o presidente da Anfavea, Antonio Megale, durante coletiva, em São Paulo, onde apresentou o desempenho da indústria automobilística brasileira no primeiro mês de 2017.
A expectativa da associação, no entanto, é que as vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias deve alavancar o setor. Somente no primeiro mês deste ano houve um crescimento interno de 74,9% em relação a janeiro de 2016, e de 42% nas exportações.
A previsão da entidade para este ano é de um aumento na produção de 10,7%, puxando o crescimento em 13% nas vendas internas, e 6% nas exportações . A previsão da safra recorde este ano é positiva para a questão das substituições de equipamentos agrícolas. Esperamos boa produtividade nessa safra e nas demais.
Já os fabricantes de caminhões tiveram o pior desempenho no mês desde 2006, com queda de 33,3% em relação ao mesmo período de 2016. Megale considerou a situação "dramática" para o segmento, que vem apresentado recuos desde 2011.
Embora o mercado interno tenha amargado queda nas vendas de autoveículos novos, as exportações tiveram crescimento em janeiro de 56% em relação ao período anterior. Este foi o melhor janeiro desde 2008 nas exportações, isso nos dá a indicação de que teremos um bom ano de vendas externas, disse Megale.
Mesmo com as quedas, o presidente da Anfavea mantém a projeção do setor para 2017. Continuamos com a previsão de crescimento de 4% na venda de autoveículos novos; 7,2% nas exportações e de 11,9% na produção.
Os postos de trabalho no setor seguem estáveis, com ligeira queda em janeiro de 0,04% em relação a dezembro de 2016. Este mês já estabilizou a questão de postos de empregos, estamos prontos para dar a largada, mas ainda não apresentamos números positivos, disse.
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