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Retomada econômica depende de reformas estruturais, diz Ipea

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Diante da profundidade da recessão, a implementação de um teto de gastos públicos e a redução da taxa de juros pelo Banco Central são insuficientes para que o país volte a crescer, de acordo com análise de economistas do Ipea.

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.12.2016, 13:22:38 Editado em 05.12.2016, 13:25:05
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Diante da profundidade da recessão, a implementação de um teto de gastos públicos e a redução da taxa de juros pelo Banco Central são insuficientes para que o país volte a crescer, de acordo com análise de economistas do Ipea.

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Para que essas medidas tenham efeito, o governo precisa estruturar um "arcabouço constitucional e infraconstitucional que dê suporte crível a um novo regime fiscal", escrevem os pesquisadores José Ronaldo Souza Jr e Paulo Levy.

Entre as medidas citadas, eles destacam reformas da Previdência e das legislações tributária e trabalhista, além de mudanças regulatórias para estimular o investimento privado e maior participação do Brasil no comércio internacional.

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"O que se espera é que a gravidade da conjuntura atual seja capaz de evitar um novo e perigoso adiamento de tais mudanças", afirmam os economistas.

O PIB do terceiro trimestre, divulgado na semana passada, mostrou uma queda de 0,8% em relação ao período o anterior. Caso o indicador continue estagnado no quarto trimestre, a expectativa é que a economia acumule um encolhimento de 3,4% no ano, calculam os economistas do instituto.

Jogam contra a recuperação o desemprego elevado, em 11,8%, que freia a retomada do consumo das famílias, a alta capacidade ociosa na indústria, que desestimula novos investimentos, e a elevada taxa de endividamento, que enfraquece os efeitos da redução da taxa de juros.

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O afrouxamento monetário, apontado no documento como um dos principais motores de crescimento, também é limitado em razão do tempo que a economia leva para responder ao seu estímulo. Esses "meses de defasagem" fazem com que os efeitos sobre a economia demorem a ser percebidos "com mais intensidade", dizem os autores.

Por isso, o governo precisa avançar reformas estruturais, como forma de melhorar a confiança e estimular investimentos -sobretudo os de longo prazo, como em infraestrutura.

Sem espaço para aumento do gasto público, a equipe econômica depende do capital privado "como única alternativa" para retomar o crescimento.

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"A inação num momento crítico como o atual poderia contribuir para manter e, até mesmo, aprofundar o ciclo recessivo", afirmam os economistas.

Entenda o que é o PIB O PIB, Produto Interno Bruto, é um dos principais indicadores de uma economia. Ele revela o valor adicionado à economia em um determinado período.

O PIB pode ser calculado pela ótica da oferta e pela ótica da demanda. Os métodos devem apresentar o mesmo resultado.

Desde o último trimestre de 2014, o IBGE passou a aplicar diretrizes da ONU que alteraram parcialmente os cálculos para o PIB. Investimentos em pesquisa e desenvolvimento, prospecção e avaliação de recursos minerais (mesmo que não sejam encontradas, por exemplo, jazidas de minério ou petróleo) e aquisição de softwares passaram a ser contabilizados no PIB.

Antes, eram encarados como despesas intermediárias e descontadas do cálculo. Pela nova metodologia, os gastos governamentais com a compra de equipamentos militares também passam a ser considerados como investimento, por exemplo.

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